segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Testemunhos" ao púlpito: Deus ou mamom?



A igreja evangélica tem passado por inúmeras transformações nos últimos tempos, de tal maneira que, grosso modo, não se tem mais como caracterizar as diferenças que há entre as tradicionais, pentecostais e neopentecostais, salvo raríssimas exceções. Na maioria das vezes elas se confundem, não em razão da "liturgia" , mas pela falta de qualquer liturgia: pura balbúrdia, verdadeiro caos.

Quem prima pelo estudo das Escrituras tem facilidade em comprovar uma série de desvios doutrinários que vem ocorrendo nessas igrejas. E são tantos que se torna difícil enumerá-los, ou mencioná-los em uma certa ordem de importância.

Neste texto quero avaliar um fato que ocorre nos púlpitos das "igrejas emergentes" e que muito me incomodou há pouco tempo e ainda incomoda. Antes, devo confessar, incomodava mais, visto que eu assistia "tête a tête" ao triste espetáculo. Hoje, pelo menos, Deus agraciou-me com a dádiva de ser poupado do triste "teatro do absurdo", posto que estou frequentando uma igreja presbiteriana voltada exclusivamente para o estudo das Escrituras, e a sua completa observância, inclusive no que concerne a uma rígida liturgia, onde não se aceita qualquer forma de desvio doutrinário, ainda que "disfarçado de luz" (parafraseando as próprias Escrituras).

Estou a falar dos tais "testemunhos" dados ao púlpito, geralmente provocados pelo pastor sob o pretexto de "enaltecer" a Deus ( ou quem sabe lhe dar uma ajudazinha através de um marketing gospel). E então o tom apelativo tem lugar: "- algum irmão tem uma bênção para testemunhar à igreja?" Ou então: "- Deus não fez nada para ninguém, que fé é essa?". E eis que logo aparece um, dois, três, normalmente a exaltar as "maravilhas do Deus que tudo faz em prol dos seus "adoradores", o dono do "ouro e da prata". E dá-lhe ouro e prata!!!

E os tais testemunhos são recheados de mal disfarçada vanglória. Eles exaltam a Deus? Sim, dirão os "evangélicos" de agora. Todavia, não é o que demonstra o contexto escriturístico: o Evangelho é simples e não precisa de qualquer complemento para convencer quem quer que seja da sua eficácia. Deus é Todo-Poderoso, Soberano e Senhor de todas as coisas (não somente do ouro e da prata), por isso mesmo não necessitando de marketing. Aliás, quem precisa das "técnicas de convencimento" são aqueles com sérias dificuldades para crer no Deus Invisível propagado e anunciado pela Bíblia (Hb 11).

Testemunhos em tom apelativo como se veem por aí, inclusive nas denominações históricas, salvo exceções - e aqui quero fazer justiça à Igreja Presbiteriana que não costuma se valer dos referidos "expedientes" - servem exclusivamente para "fazer propaganda da igreja", do pastor, da liderança, ou de todo o conjunto. Eles querem anunciar que "a minha igreja faz milagres"; ou que "Deus atua nesta igreja".

Uma marca dos tais "testemunhos" é a apologia ao "ter", ao invés do "ser". Aqueles que já assistiram aos malfadados testemunhos urdidos nessas igrejas sabem a que me refiro. São automóveis conquistados, doenças curadas, terrenos que num piscar de olhos foram adquiridos como que num passe de mágica ( e olha que o sujeito não tinha dinheiro algum), casas presenteadas, etc. Normalmente o ápice do testemunho se dá no momento em que o incauto diz: "- antes de vir para a igreja eu estava assim (pobrezinho, sem casa, sem carro...), mas agora, o dono do "ouro e da prata..." (discorre então sobre todos os ganhos que lhe foram acrescentados depois que se "converteu" na tal igreja).

É o "deus" do ter, e o nome dele não é Yaweh (Jeová), mas mamom. Essas pessoas, muitas delas levadas ao engano por uma liderança avarenta , mentirosa e oportunista, são desviadas da sã doutrina, ou doutrinadas erradamente. O Apóstolo Paulo nos lembra que "nos foi concedida a graça de padecermos por Cristo e não somente de crermos nele" (Filipenses 1:29).

A fé não se mede por "coisas", ou acúmulo de bens materiais, uma vez que o próprio Cristo nos admoestou a "não acumularmos tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam "(Mateus 6:19), mas que devemos trabalhar para juntar tesouros no céu (v. 20).
Onde está o seu tesouro, nas riquezas de Mamom, ou nas riquezas celestiais de Deus ? Reflita bem, pois "onde estiver o seu tesouro, lá estará também o seu coração" (v. 21).

Devemos ter em Deus o nosso Senhor e não o nosso serviçal. O "dono do ouro e da prata" é antes de tudo o 'dono da nossa salvação". O "Senhor e consumador da nossa fé". E esta, para ser verdadeira, prescinde de obras, de marketing, de testemunhos sobre riquezas materiais, de curas, milagres... O maior milagre é a transformação de vidas, presente de Deus em nós (Fl 2:13). O próprio Apóstolo Paulo jamais buscou riquezas ou fez apologia do "ter", antes, enaltecendo as suas próprias fraquezas, para exaltar a força de Deus em sua vida (2 Coríntios 12:10). Fé verdadeira, nesse diapasão, é exercitada muito mais nos tempos de 'escassez', 'angústia' e 'perseguições', do que propriamente em época de abundância.

Portanto, diz o Apóstolo, "Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna" (Gálatas 6:7-8).

E que fique bem claro, a fim de que não deturpem as minhas palavras, o texto, e, tampouco o Evangelho de Cristo, pois não digo que é pecado "ter". Pecado é "amar o ter"; amar primeiro as "coisas", antes do Criador. Pecado é "usar o ter" como técnica para "chegar ao ser", como se Deus precisasse de uma 'ajudazinha'.

24 comentários:

Regina Farias disse...

Oi, Ricardo

Interessante que hoje falei sobre essa história em que as pessoas acreditam que "dar testemunho" é esse lance de narrar um acontecimento, "uma benção".

Eu sempre entendi que "dar testemunho", tem a ver com uma mudança real do "antes e depois" na vida de alguém que só pode ser revelado pelo comportamento, pelas atitudes, pelo jeito de SER. E isso não tem absolutamente nada a ver com a aquisição de coisas.

Até comentei lá no blog do João Carlos sobre o testemunho que diz acerca da verdadeira fé.

Mas está cada vez mais acirrada essa gana em se mostrar abençoado pelos serviços prestados pela divindade. Dá nojo.

Ainda bem que eu também sou poupada de presenciar tal teatro, embora saiba que ele é cada vez mais crescente.

Lamentável... :(

R.

O Pastor disse...

Um típico testemunho:

"Pastor, comprei um carro, uma casa, meu marido é empresário, meus filho esntrou pra faculdade..."

Por trás do "tristemunho":

"Comprei o carro, mas estou trabalhando como um burro de carga pra pagar, a casa que comprei é de "posse", meu marido empresário me trai com todas as suas funcionarias, e meu filho está na faculdade... experimentando todo tipo de droga e orgia sexual."

- "Vamos aplaudir Jeus por isso..." ALELUIA!

Trágico, mais que cômico...


PAZ.

Esli Soares disse...

Olá Ricardo...


Excelente texto, de fato os púlpitos são mais espaço para o comercial do ministério que exposição da Bíblia.

Acho valoroso testemunhos do que Deus tem feito, mas se esses testemunhos tomam o lugar da Bíblia...

Qual ação divina pode ser mais digna de louvor e de testemunho que a morte substitutiva de Jesus na Cruz?

Como já disse aqui em outra ocasião, focar qualquer coisa também, próximo, junto ou além da Cruz é idolatria!

Na paz do Senhor e Salvador Jesus,

Esli Soares

Ricardo Mamedes disse...

Regina,

Esse é o termo: dá nojo! Esse pessoal quer mesmo é um "deus" que esteja à sua disposição; um deus vendável, palatável. Vê lá se eles querem a verdade! Ela liberta, mas é dura...

Sei que serei acusado de incredulidade mais uma vez, por não acreditar no poder do 'deus' deles. Porém, com todas as minhas limitações e fraquezas, quero ser servo d'Ele, o que significa viver sob o Seu senhorio, confiando n'Ele em todas as situações. Que Ele nos fortaleça!

Grande abraço e obrigado pela visita!

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Pastor,

Seja bem-vindo mais uma vez a este blog. Já estou seguindo o seu também. Irei lá com mais tempo e lerei os seus textos.

Você conceituou bem, pois é "tristemunho" mesmo. E não é nada cômico, pois desvirtua a adoração, do Deus verdadeiro para o deus que efetua trocas com os súditos. E então essas igrejas ficam cheias de supostos adoradores, todos esperando benesses da divindade.

É triste, mas é real! E quem os fará compreender o seu erro? Ninguém, a menos que eles queiram e se abram para a Palavra verdadeira.

Abraços!

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Esli,

Sinceramente eu não acredito que Deus precisa de testemunhos, pois tanto a sua existência como o Seu poder e Glória são manifestos na Bíblia (Romanos 1), sendo indesculpáveis os que não creem. Pior são aqueles que não creem, mas precisam de "provas", como os tais testemunhos.

Quer saber, continuo crendo que isso é mais uma técnica de autopromoção do que adoração!

Em Cristo,

Ricardo.

Jorge Fernandes Isah disse...

Ricardo, meu irmão!

No fundo, este estratagema denunciado por você está mais parecendo consórcio... vamos ver quem ganha mais, rapidamente.

Há de se entender que o homem natural age assim mesmo, ele precisa de estímulos, de ver, tocar, pôr no bolso para acreditar ser real. E não há lugar onde se possa colocar a fé bíblica, pois ela está no nível de Deus, muito acima daquilo que podemos tocar ou ver. O próprio significado dado à fé por Paulo diz tudo: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" [Hb 11.1].

Então, aquela pobre viúva que deu todo o seu sustento, duas pequenas moedas que valiam meio centavo, tinha menos fé do aqueles que depositavam orgulhosamente altas somas na arca do tesouro? Não foi o que Cristo disse: "Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento" [Mc 12.43-44].

Cristo não rejeitou a sua fé, antes exaltou-a.

Não estariam os "propagandistas", os consorciados, agindo como os judeus, que viviam pedindo sinais? [1Co 1.22]

Grande abraço, meu amigo!

Cristo o abençoe!

João Carlos disse...

Olá meu querido!

A pergunta antes era: "Ser ou não ser, eis a questão". Hoje é "Ter ou não ter..."

Conheço tanta gente arruinada na fé por esta maldição que é a teologia da prosperidade, pessoas que nunca mais querem ouvir falar de igreja, por crerem que TODAS são iguais...

Como diz o grande pastor e amigo Paulo Romeiro, ex diretor do ICP e fundador da AGIR, "o problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade e sim a teologia...

Um abraço!

JC

Pr. Silas Figueira disse...

Graça e paz Ricardo.
Infelizmente muitas pessoas não vêm mais a igreja para adorar a Deus, mas para buscar "uma bênção", e a culpa de tudo isso é da própria liderança que viu nisso uma boa oportunidade de arrancar dinheiro dos incautos. Esses líderes têm levado o seu rebanho a adorar Mamom e não a Deus, de onde provém todas as Bênçãos. Como disse o apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios 1.3: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo." Mas para alguns isso é pouco, infelizmente. E quem “adora” a Deus só pelo que Ele dá e faz é muito infeliz.
Fique na Paz!
Pr. Silas

IPB de Barbalha disse...

Olá, Gostei muito do texto. Concordo com tudo, de uns dias para cá vinha pensando a respeito disso também. Sou da igreja Presbiteriana e tenho uma dúvida. Se tenho um testemunho, se fui curada de uma enfermidade, se Deus ouviu minhas orações, se mudou minha vida não só no sentido do ter, enfim. Eu devo contar isso na igreja, devo dar meu testemunho?

Ricardo Mamedes disse...

Jorge,

O seu comentário é extremamente propositivo. De fato, a fé bíblica independe de pré-requisitos como sinais 'miraculosos", conforme estabelecido em Hebreus 11:1, muito bem lembrado por você!

Crer é muito mais do que essa materialização, essa troca de "amenidades" entre a criatura e o Criador. Está muito além da cura física de doenças, enfermidades, porque é a cura da alma, a vivificação do espírito. Assim creio.

Grande abraço Jorge, caro irmão!

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

João,

Concordo com o pastor citado por você, realmente o problema é com a teologia mesmo, pois doutrina as pessoas erradamente, fazendo-as egoístas e avarentas.

Eu sei como se opera essa decepção a que você se referiu em nossas almas... Entretanto, dou graças porque Deus me manteve e à minha família firmes na Rocha Eterna!

Obrigado pela visita e que Cristo o abençoe.

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Pastor Silas, caro amigo e irmão!

Pois é, eles querem mais do que simplesmente "bênçãos espirituais", uma vez que se agarram à promessa de "recompensa terrena". Esses, terão aqui o seu galardão e a sua única recompensa.

Peço a Deus que continue mantendo pastores firmes na Palavra, assim como o senhor, para que o seu rebanho seja preservado nesses tempos de grande apostasia.

Grande abraço!

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Clarinha,

Antes de qualquer coisa, obrigado pela visita, seja sempre bem-vinda a este humilde espaço cristão.

Antes de mais nada, como você viu pelo texto, sou um batista decepcionado e frequentador de uma igreja presbiteriana, onde me sinto muito bem, pois o Evangelho é pregado de forma simples. E o meu pastor, assim como eu, não alimenta essa história de testemunhos, porque o final é trágico. Os crentes começam a mistificar demasiadamente, superdimensionando o "agir" de alguma coisa a que chamam de "deus". Entenda: começam a construir os chamados testemunhos e a se convencerem da sua veracidade (quando nem sempre são verdadeiros).

Faça o seguinte, ore a Deus e peça-lhe discernimento, assim o Espírito Santo falará ao seu coração. Se a sua vontade for falar à igreja, depois de orientada por Deus, faça-o com discrição, honrando e glorificando apenas a Ele, de onde vêm toda espécie de bênçãos.

O perigo dos testemunhos (como assevera o meu pastor), é que a própria pessoa curada pode se convencer de que é "especial", e daí para o orgulho é apenas um pequeno passo... Eu vi isso acontecer muitas vezes. No entanto, se a sua cura não envolve qualquer aspecto financeiro, mas uma enfermidade, ou a mudança de vida, a coisa é diferente.

Pra mim, o mais importante de tudo é exatamente a transformação de vidas, o resgate de pessoas perdidas, convencidas exclusivamente pela pregação do Evangelho de Cristo, "e ele crucificado", como asseverava Paulo.

É isto, penso que, primeiro, você deve submeter a questão a Deus em oração; em segundo lugar, converse com o seu pastor, que certamente deverá indicar o caminho a seguir.

Que Deus a ilumine!

NEle,

Ricardo

Leonardo Gonçalves disse...

Ótimo texto! [E imagem assustadora....]

Que Deus continue te abençoando,

Léo.

Nádia Braga disse...

Olá, Ricado, estou de volta!

É de se esperar que aqueles que não tem a Palavra como Regra de Fé e Prática, tenham no coração esse tipo de "necessidade": o ter para ser.
Um das minhas preocupações, concorda com a sua.
De que essas pessoas estão sendo levadas a crerem em algo errônio, torpe, algo que não está centrado na Bíblia.
A "doutrina" que é estabelecida e pregada é falsa, fazendo com que as pessoas conheçam o errado como o certo.
Eu realmente me preocupo com o fato desse inchaço de igrejas que vimos por aí. Há igrejas de todos os tipos, que oferecem todo o tipo de indulgências modernizadas. E que cada vez mais as pessoas tem se afastado da verdade que é a Bíblia, para se aproximarem mais do que é "bom"( na opinião deturpada delas). Afinal a "irmãzinha", antes de ir na igreja Z estava perdida, mas depois que ela foi na igreja Z, se encontrou, ganhou, enriqueceu , casou, etc ...

E é aí que eu pergunto: O que podemos/devemos fazer para que isso mude?

Tem uma música que eu gosto muito. E um dos trechos dela diz o seguinte: " (...) Todo espelho mostra apenas o que queremos ver, a Palavra fez ao homem, muito mais do que ele fez por ela". Ou seja, acredito eu que aquele que acha que o ter faz parte do ser, e tão somente isso, está enxergando no espelho da vida, o que é conveniente para ele. Porque é claro - quem não gostaria sinceramente de ter uma vida repleta de facilidades: dinheiro, carros, dinheiro, casas, status, dinheiro, etc...?
Só que, eu sei que a Palavra realmente fez ao homem muito mais do ele fez por ela! Porque sabemos que a Bíblia é a expressão exata da Verdade de Deus e daquilo que Ele quis que nos fosse revelado. A minha esperança está no fato de que Deus, senhdo misericordioso, vai no Seu tempo, trazer para Ele aqueles a quem Ele chamou, dentre estes "enganados"; e também vai afastar Dele aqueles a quem Ele não chamou. Ai Ai!!!

Ewerton B. Tokashiki disse...

Amado irmão
Apreciei muito o teu blog! Continuemos escrevendo e postando. Deus o abençoe. Ewerton

Ricardo Mamedes disse...

Leonardo,

É verdade, a imagem é mesmo assustadora. Necessária para fazer lembrar que Deus não está aqui para satisfazer as necessidades das pessoas, a sua ganância e avareza.

Que Deus o abençoe igualmente.

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Olá Nádia,

Demorou para voltar, mas o que importa é que voltou. Retorne sempre.

Você está corretíssima, com o tempo só mudou o nome e os métodos, mas é a mesma venda de indulgências transportado do catolicismo romano medieval para os dias de hoje pelos "neo-evangélicos". A sorte é que todos os que são Dele serão efetivamente alcançados no devido tempo, até aqueles que agora ainda se encontram no engano. Os demais, certamente serão responsabilizados ao final.

Deus te abençoe e volte sempre!

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Caro Reverendo Ewerton,

É um prazer tê-lo aqui em meu blog. Os seus comentários serão sempre bem-vindos e certamente edificarão este espaço cristão.

Grande abraço.

Em Cristo,

Ricardo.

Unknown disse...

ola Ricardo
Acredito que a chegada daquilo que eu chamo de evangelho capitalista na sociedade brasileira era questão de tempo, moldou a pregação evangelica e estabeleceu um sistema hoje amplamente utilizados por muitas igreja que é o pragmatismo, visto que, o crescimento destas instiuições que se intitulam igrejas é incontestavel, a curto prazo é inegavél que o sistema traz resultados, quanto ao crescimento, mas a que custo, pois o compromisso com o evangelho autentico a muito já foi abandonado, mas resta nos a crer que o ser ainda é mais importante que o ter e que o evangelho biblico ainda sobrevive em nossa sociedade através das autenticas igrejas.
parabéns pelo artigo.

@geagostini disse...

Oi Ricardo,
Infelizmente no momento não poderei ler todo seu artigo, li apenas algumas frases e já vou imprimi-lo para poder lê-lo mais tarde. No entanto o pouco que li só veio a acrescentar com o muito que ouvi durante todo o feriado. Estive numa conferência para jovens da Editora Fiel que apesar de não ser de nenhuma denominação específica os participantes eram em grande maioria batistas e presbiterianos. Foi revigorante para mim, pois encontrei muitos jovens sérios, comprometidos e preocupadíssimos com essa crise doutrinária que estamos sofrendo, mas também um tanto preocupante, pois ouvi relatos de tantas igrejas que produziram shows demais para atrair “novos convertidos” e acabaram abandonando a sã doutrina, o pior que igrejas sérias estão esquecendo-se da palavra de Deus e adotando métodos apelativos (é desnecessário exemplificar, certo?) .
Enfim o que eu queria mesmo era indicar os artigos, livros e site da editora (se você já não conhece), aliás, em outubro haverá uma conferência para Pastores e Lideres, e todos com quem conversei que já foram falaram que realmente é um encontro sério, e não há espaço nada além da doutrina revelada na Palavra de Deus (bem que eu podia ganhar comissão com esse comercial!).
www.editorafiel.com.br

Um grande abraço
(ah! Geisa Agostini Oliveira...)

Ricardo Mamedes disse...

Geisa,

Que alegria tê-la por aqui! Como vai sua mãe e o restante da família? Estamos todos com muitas saudades, e esperando a visita de vocês (com a hospedagem em nossa casa).

Eu conheço sim a Editora Fiel e as suas conferências, inclusive são as melhores, com grandes expoentes da teologia mundial. Tanto que, para 2011, até onde sei, está prevista a vinda de John Piper como conferencista. Tenho um amigo pastor que vai todos os anos, desde 1992, tendo me presenteado com o CD em MP3 de todas as conferências englobando todo esse período.

Com relação aos desvios doutrinários, fique atenta e de olhos bem abertos. A onda está ceifando várias igrejas, inclusive denominações históricas como a Batista. Afirmo isto porque vivenciei esse câncer na minha própria igreja, e fiz uma longa pesquisa a nível de Brasil. O misticismo, a espiritualidade da aparência, as "profecias" humanas e complementares, as línguas estranhas, cai-cai, etc, são os sintomas da doença. Não embarque nesse misticismo, antes, combata desde o início.

A verdadeira espiritualidade, como você bem sabe, é racional, sóbria; não se baseia em emocionalismo, transe, tremores, gritos. Não deve, necessariamente, ser acompanhada do arrepio. Leva à transformação, ao novo nascimento. Esse movimento, ao contrário, eleva o orgulho espiritual, elege gurus espirituais pseudo-iluminados, líderes intocáveis, etc. Sem contar que igualmente leva ao abandono sistemático da Palavra de Deus.

Como observei, você é uma pessoa bem centrada. Mantenha-se assim, seja resistente aos modismos e guarde-se à sombra exclusivamente da Palavra de Deus, que é viva e eficaz e suficiente.

Volte sempre a este espaço, pois os seus comentários serão muito bem-vindos!

Grande abraço a todos! Recomendações minhas, da Luciana e das meninas à Carla.

Ricardo

Emerson Luís disse...

Veja esse texto que escrevi, você vai gostar!

http://atos17.blogspot.com/2009/08/testemunhos-que-me-impressionam.html

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