terça-feira, 27 de abril de 2010

A multidão e os guias cegos


Na verdade eu assisti a uma pregação no domingo passado que me fez refletir, não por causa do inusitado, uma vez que o texto bíblico é bem conhecido, mas em razão do seu foco. Aliás, não seria justo e nem razoável dizer que a pregação teve um único foco, porém, neste texto eu me restringirei a um único viés: as multidões e as suas motivações. O texto em referência será o capítulo 3, versos 7 e seguintes do Livro de Marcos. Peço licença aos leitores para colacioná-los logo abaixo, com especificidade naqueles que têm direta aplicação ao presente post:

"Retirou-se Jesus com os seus discípulos para os lados do mar. Seguia-o da Galiléia uma grande multidão. Também da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, dalém do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas coisas Jesus fazia, veio ter com ele. Então, recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem "(Marcos 3: 7-9).

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"Depois subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então, designou doze para estarem com ele e para enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios" (Marcos 3:13-15)

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"Então, ele foi para casa. Não obstante, a multidão afluiu de novo, de tal modo que nem podiam comer" (Marcos 3:20).

Neste texto, conforme eu afirmei acima, interessam-me as multidões. Todavia, a priori, é necessário indagar: qual a motivação daquela multidão, fazendo um paralelo com os dias de hoje? O que buscam as multidões praticantes do evangelicalismo deste século?

Em um primeiro momento parece que aquelas multidões que seguiam Cristo por longos períodos e grandes distâncias O queriam como seu salvador. Ouviam as suas boas novas e eram inundados pela Revelação. Será? O contexto bíblico que consta desse capítulo 3 de Marcos nos avisa que aquela multidão afluía precipuamente em busca de cura, libertação, curiosidade, etc.

E eu afirmo: ontem como hoje as multidões buscam os benefícios que Cristo traz, mas fogem da cruz, ou estão cegos para percebê-la. Assim como no primeiro século, quando as multidões afluiam para Cristo em busca de "algo", as multidões de agora erigem os seus objetos de adoração, os seus "portos seguros". Muitas vezes são coisas, outras vezes são homens. Quase sempre os evangélicos de agora inserem nesse caldeirão o misticismo sincrético, a superstição , a mistura: um pouquinho de verdade com muita mentira.

Esse texto sempre me levara a indagar: porque Cristo precisava do barquinho? Eis que o pregador, na sua interpretação, imaginou uma resposta que me satisfez: ele fazia os milagres a tantos quantos queria e se ausentava deliberadamente. Aquela multidão, em sua grande maioria, estava em busca apenas das benesses do Cristo, e ele os conhecia, pois sondava-lhes os corações. Era a mesma multidão que tempos depois gritava: crucifica-o, crucifica-o!

Ontem como hoje as multidões se igualam... Hoje as multidões erigem seus "cristos", seus ídolos: Valdemiro, R R Soares, Edir Macedo, Marco Feliciano, Silas Malafaia, Benny Hinn, Morris Cerulo, Mike Murdock, etc. Os (falsos) profetas invadem as igrejas e a mídia com as suas previsões mirabolantes, enquanto os incautos e oportunistas tornam-se súditos. São variados os interesses tanto dos súditos como dos (falsos) profetas: dinheiro, poder, prevalência sobre um grupo, ascensão social, política. Enquanto isso o verdadeiro Cristo lhes serve de muleta para a consecução dos seus interesses espúrios.

Então o pregador se perguntava e faço eu a mesma pergunta: por que crescem as igrejas e seitas invadidas pelos falsos profetas? Por quê Senhor? Por que crescem tanto, enquanto as igrejas que se mantém fiéis à sã doutrina "patinam" com um pequeno número de membros? A resposta é bíblica: "larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos que entram por ela "(Mateus 7:13). Foi essa a mesma resposta que dei recentemente a um pastor (guia cego), estando o mesmo inebriado (enfeitiçado?) pelo crescimento da igreja a qualquer custo.

Sim, Cristo faz milagres inclusive nesses lugares, onde a heresia abunda. Pela sua misericórdia ele alcança alguns. Dizia então o pregador: "logo depois ele sai, e então ficam os líderes e os demônios..." É o que acontece com as igrejas que sucumbem a esse crescimento vertiginoso; ao crescimento que relativiza a Palavra inerrante e infalível; ao crescimento baseado no emocionalismo, nas curas, nos "sinais e prodígios". Os guias cegos sucumbem ao chamado da carne, quando não ao grito dos próprios demônios que os enganam disfarçados de "anjos de luz".

As mesmas multidões que ontem mataram Cristo, ainda hoje continuam a crucificá-LO diuturnamente... Ontem buscavam curas através do próprio Cristo, sem porém se comprometer com o Seu Evangelho. Hoje ainda buscam o mesmo, através de "novas revelações", profecias humanas, adivinhações...

Havia as multidões que afluiam a Cristo e havia o pequeno grupo de doze, que estava com Cristo. Ainda hoje é o mesmo: as multidões que afluem aos seus "cristos - profetas"; e pequenos grupos renitentes, que se mantém com Cristo, mesmo à custa de serem perseguidos, criticados e até mesmo vilipendiados.

"São cegos, guia de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14).

Tenho a impressão que esses guias de cegos, espécie de adoradores de criaturas, místicos, emocionais; chegados ao êxtase, mas muito pouco afeitos à Palavra são os mesmos que, "vendo não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem "(Mateus 13:13), "para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles" (Marcos 4:12).

É triste ter de concluir que as multidões continuarão nesse mesmo círculo vicioso, afluindo em busca de "algo", atrás de um "deus qualquer", erigindo os seus "cristos-falsos profetas-adivinhadores- mentirosos. E entrarão pela larga porta, travestidos de crentes espirituais, ungidos, intocáveis na sua fleuma; soberbos, mas sutilmente disfarçados de piedosos...

Espero que, tal como o ladrão na cruz, possam eles se arrepender, convertendo-se ao verdadeiro Evangelho de Cristo, nascendo de novo, mas sem a necessidade de voltar ao ventre...


(Em homenagem a um belo sermão)

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A verdadeira adoração


Ontem eu, a Luciana, Sarah e Isadora (família inteira) estivemos em um culto na Igreja Presbiteriana e foi algo de encher o espírito de gozo e alegria. As nossas almas ansiavam por ouvir a Palavra de Deus em toda a sua plenitude, infalibilidade e inerrância, sem subterfúgios e 'desvestida' do emocionalismo tão em voga na maioria das Igrejas evangélicas na atualidade. Confesso que me senti "descontaminado" ao ouvir uma pregação simples, porém profunda, genuína, completamente pautada na Palavra.

Não vi nem sequer a sombra de exibicionismo por parte de quem quer que fosse. Depois de muito tempo vi servos em atitude de completa reverência à Palavra pregada pelo profeta (pregador). Homens, mulheres e crianças calmos, sóbrios, circunspectos, exclusivamente concentrados nas verdades bíblicas expostas pelo Pastor. Todos quietos, em atitude de veneração...

Não assisti a grandes manifestações de "espiritualidade", daquelas que se expressam por gritos, urros, palavras desconexas pronunciadas em estranhos assomos de incontido êxtase - que ocorrem principalmente com pessoas treinadas nesse "mover". Não observei vozes se sobrepondo umas sobre as outras como que em uma competição para ver quem glorifica mais alto... Só silêncio, reverência. Culto na verdadeira acepção da palavra.

O texto bíblico base foi focado em 1 Crônicas 29:10-22, com ênfase na belíssima oração do Rei Davi ao consumar a sucessão do seu filho Salomão, então ungido rei em seu lugar. Interessantes os paralelos traçados pelo pregador, juntamente com as ilustrações a respeito do evangelicalismo da atualidade: pastores pressionando os fiéis (ou súditos?) a fim de "contribuirem" sob pena de não receberem bênçãos, inculcando no 'rebanho' (ou incautos?) a certeza de que a retribuição de Deus será grande, na medida da contribuição ("é dando que se recebe"); triufalismo, prosperidade.

Deus foi enaltecido, a sua soberania foi cultuada e o homem colocado no seu devido lugar de simples e miserável pecador. Aleluia!!! Imaginei que não fosse mais ver esse tipo de espiritualidade, depois de meses e meses ouvindo a pregação sobre a "vitória" do homem por seus próprios méritos (ainda que se pronunciando sobre a soberania de Deus, mas em cujo contexto ela decididamente não cabe). Vi com indizível contentamento um pastor genuinamente em atitude de humildade para com o Criador, reconhecendo a sua própria miserabilidade e se igualando aos demais fiéis na sua incapacidade proveniente do pecado herdado. Nada de ufanismo, nenhuma pressão; toda honra, glória e exaltação direcionados a Deus, Todo Poderoso.

Enquanto a pregação se desenrolava, dezenas de pessoas, homens, mulheres e crianças 'bebiam' as palavras do pregador em um silêncio profundo. Nada de gritos, nenhuma casta espiritual tentando impor a sua condição sobre o rebanho...

Enxerguei a igreja de outrora que eu amara na sua pureza original, ainda não maculada pela 'espiritualidade' de consumo, da aparência, da cacofonia insuportável. Uma igreja que definitivamente não entrou "na visão". Um rebanho lúcido, maduro, não preocupado em se parecer mais espiritual que o irmão do lado.

Com indisfarçável alegria pude entoar hinos de adoração a Deus, composições voltadas para a glória do Eterno. Hinos que não se cantam mais nas igrejas "emergentes", modernas, liberais e que estão "na visão". Dizem que são antigos, retrógrados, ultrapassados... Só há lugar para o novo, para "músicas". Modernidade, modernidade! Nessa seara só se colhem unções, vitória financeira...

Ah, quão oportunamente se falou dos pastores que não pastoreiam, mas que se preocupam precipuamente com a "$emeadura"; daqueles líderes que abandonam o rebanho, a ovelha necessitada de uma palavra de conforto. Do sem número de "testemunhos" vitoriosos, proclamando "bênçãos e mais bênçãos". Os líderes sumamente preocupados com o crescimento, como se essa fosse a única motivação do Reino, mas desacompanhado da pregação do Verdadeiro Evangelho de Cristo.

Foi maravilhoso, em meio à pregação, ver enfatizada a oração de Davi em agradecimento a Deus, sem nada exigir dEle. A reverência àquele que tudo dá, porque o "dar" vem dEle mesmo. E o dar sem exigir, o dar voluntariamente, como fez aquela congregação: "Porque quem sou eu e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos, como todos os nossos pais; como as sombras são os nossos dias sobre a terra e não temos permanência" (1 Crônicas 29:14-16). A falibilidade e finitude humanas em descompasso com a soberania de Deus. Ele o "Eu sou", e nós a criação. Oh, quão pequenos somos, quão insondáveis são os os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Romanos 11:33)

Não, não havia "unções". Mas havia muita unção. Não vi anjos passeando por entre as fileiras de bancos. Mas certamente os anjos festejavam no céu pela atitude de adoração daqueles fiéis; pelo reconhecimento da soberania daquEle que tudo fez.

Eu lavei a minha alma. Participei de um culto racional, sóbrio, maduro, cheio de decência e ordem (1 Coríntios 14:40).

O Evangelho simples de Cristo foi pregado, sem a necessidade de catarse, "brados" , rugidos, línguas sobrenaturais. Não vi nem um único fiel disputando a fim de que a sua voz se sobrepusesse a todos os sons da igreja. E ainda assim, senti fortemente a presença de Deus.

Por isso mesmo, mais uma vez concluo: Deus e seu Filho estão onde é pregado o Evangelho simples de Cristo, o que me remete às palavras do Apóstolo Paulo:

"Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo."

Fora desse Evangelho não há salvação, ainda que haja grandes "moveres e manifestações espirituais".

Que Deus tenha misericórdia da igreja, sabendo, porém, que tanto joio como trigo crescerão juntos, até o dia da grande ceifa. E então, naquele dia, muitos dirão: "Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade."


Maranata!


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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ecumenismo e heresias



Carta ao Papa Pio IX

por

Charles Hodge


A seguinte carta foi transcrita de um esboço manuscrito de Charles Hodge, que a escreveu em nome de duas Assembléias Gerais da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos, para explicar por que motivo declinou-se do convite do Papa aos Protestantes para enviarem delegados ao Primeiro Concílio Vaticano de 1869 a 1870.


A Pio IX, Bispo de Roma.


Pela vossa encíclica, datada de 1869, convidais os protestantes a enviarem delegados para o Concílio convocado a reunir-se em Roma durante o mês de dezembro, do corrente ano. Esta carta foi levada ao conhecimento de duas Assembléias Gerais da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América. Estas Assembléias representam cerca de cinco mil ministros e um número bem maior de congregações cristãs.

Crendo, como cremos, que é a vontade de Cristo que a Sua Igreja na terra deva ser unida, e reconhecendo que temos o dever de fazer coerentemente tudo que pudermos para promover a caridade e a comunhão crista, julgamos por certo apresentar resumidamente as razões que nos proíbem de participar nas deliberações do Concílio vindouro.

Não é que tenhamos rejeitado nenhum artigo da fé católica. Não somos heréticos. Recebemos sinceramente todas as doutrinas contidas no Símbolo conhecido como o Credo dos Apóstolos. Consideramos todas as decisões doutrinárias dos primeiros seis concílios ecumênicos como consistentes com a Palavra de Deus, e por causa disso os recebemos como expressão da nossa fé. Cremos portanto na doutrina da Trindade e da pessoa de Cristo conforme expressas nos símbolos adotados pelo Concílio de Nicéia (321 A.D.), nos do Concílio de Constantinopla (381 A.D.), e mais inteiramente nos do Concílio de Calcedônia (451 A.D.). Cremos que há três pessoas na Divindade, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo; e estes três são de uma mesma substância e iguais em poder e glória.

Cremos que o Eterno Filho de Deus tornou-se homem ao tomar sobre si um corpo verdadeiro e alma racional, e assim foi e continua a ser, igualmente Deus e homem, em duas naturezas distintas numa pessoa para todo sempre. Cremos que o nosso adorável Senhor e Salvador Jesus Cristo é o profeta que deveria vir ao mundo, em cujos ensinamentos devemos crer, e em cujas promessas, confiar. Ele é o Sumo Sacerdote de quem a infinita satisfação meritória à justiça divina, e intercessão sempre eficaz, é a única base para a aceitação e justificação do pecador diante de Deus.

Reconhecemo-Lo como nosso Senhor não apenas por sermos Suas criaturas, mas por termos sido comprados pelo Seu sangue. À Sua autoridade devemos nos submeter, em Seu cuidado confiar, e todas as criaturas no céu e na terra devem ser consagradas ao Seu serviço.

Recebemos todas aquelas doutrinas concernentes ao pecado, à graça e a predestinação — conhecidas coma Agostinianas — que foram sancionadas não apenas pelo Concilio de Cartago e outros Sínodos provinciais, mas também pelo Concílio Ecumênico de Éfeso (431 AD.), e por Zózimo, bispo de Roma.

Não podemos, por essa causa, ser acusados de heréticos sem que, conjuntamente, se condene toda a antiga igreja.

Tampouco somos cismáticos. Afetuosamente reconhecemos como membros da Igreja visível de Cristo na terra, todos aqueles que, juntamente com seus filhos, professam a verdadeira religião. Não só estamos dispostos, mas também ardentemente desejosos em manter comunhão cristã com eles, desde que não exijam, como condição desta comunhão, que professemos doutrinas que a Palavra de Deus condena, ou que devamos fazer o que ela proíbe. Em todo caso, qualquer igreja que estabelece tais termos antibíblicos para a comunhão, o erro e a falta está nesta igreja, e não em nós.

Embora não declinamos do vosso convite por sermos heréticos ou cismáticos, somos, entretanto, impedidos de aceitá-lo porque adotamos, com uma confiança cada vez maior, os princípios pelos quais nosso pais foram excomungados e amaldiçoados pelo Concílio de Trento, que representou, e ainda representa, Igreja sobre a qual presidis.

O mais importante desses princípios são: primeiro, que a Palavra de Deus, contida nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento é a única e infalível regra de fé e de prática.

O Concílio de Trento, contudo, declarou anátema todo aquele que não recebe o ensinamento da tradição “pari pietatis affectu” (com igual sentimento piedoso) como as próprias Escrituras. Não podemos fazer isso sem incorrer na condenação que nosso Senhor pronunciou contra os fariseus que invalidavam a Palavra de Deus pelas tradições deles (Mt. 15:6). Em segundo lugar, o direito de julgamento individual. Quando abrimos as Escrituras, descobrimos que elas são voltadas para as pessoas. Elas falam conosco. Somos ordenados a buscá-las (Jo 5:39), a crer no que elas ensinam.

Somos pessoalmente responsáveis pela nossa fé. O apóstolo nos ordena a denunciar como anátema, apóstolo ou anjo descido do céu que ensine qualquer coisa contrária à Palavra de Deus divinamente autenticada (Gal.1:8). Ele nos tornou juizes, colocando em nossas mãos o preceito do julgamento, e nos fez responsáveis pelos nossos julgamentos.

Ainda mais, encontramos que o ensinamento do Espírito Santo foi prometido por Cristo não apenas ao clero, muito menos a uma específica ordem clerical, mas a todos os crentes. Está escrito: “E serão todos ensinados por Deus”. O apóstolo João diz aos crentes: E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento [...] Quanto a vós outros, a unção que dEle recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, com a Sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nEle, como também ela vos ensinou” (1 João 2:20,27).

Este ensinamento do Espírito autentica a si mesmo, como o mesmo apóstolo nos ensina, quando diz; : “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho” (1 João 5:10).

Não vos escrevi porque não saibais a verdade: antes, porque a sabeis e porque mentira alguma jamais procede da verdade” (1 João 2:21). O julgamento particular, é, portanto, não apenas um direito, mas um dever, do qual homem algum pode isentar-se a si mesmo, ou ser desobrigado por outros.

Cremos, em terceiro lugar, no sacerdócio universal dos crentes, isto é, todos os crentes têm através de Cristo acesso ao Pai em um Espírito (Ef 2:18); para que possamos nos achegar com ousadia ao trono da graça, para alcançarmos misericórdia e encontrar graça para socorro em tempo de necessidade (Hb.4:16); “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hb. 10:19-22).

Admitir, portanto, o sacerdócio do clero, como intervenção necessária para nos assegurar a remissão do pecado e outros benefícios da redenção de Cristo, é renunciar ao sacerdócio de nosso Senhor, ou a suficiência deste sacerdócio em nos assegurar a reconciliação com Deus. Em quarto lugar, negamos a perpetuidade do apostolado. Assim como nenhum homem poder ser apóstolo sem o Espírito de profecia, também nenhum homem pode ser apóstolo sem os dons de apóstolo. Tais dons, como aprendemos pela Escritura, eram o conhecimento plenário da verdade derivada de Cristo pela revelação imediata (Gal.1:12), e infalibilidade pessoal como mestres e legisladores. Paulo nos ensina quais eram os selos do apostolado, quando diz aos Coríntios: “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2Cor. 12:12). Não podemos nos submeter a prelados que reivindicam ser apóstolos, e que requerem a mesma confiança em seus ensinamentos, e a mesma submissão à sua autoridade, como a que é devida aos inspirados mensageiros de Cristo. Isto seria conceder a homens falíveis a submissão devida somente à Deus ou aos seus mensageiros divinamente autenticados e infalíveis.

Muito menos podemos reconhecer o Bispo de Roma como o vigário de Cristo sobre a terra, coberto da autoridade que Cristo exerceu sobre a Igreja e o mundo, quando aqui esteve encarnado.

É patente que ninguém que não tenha os atributos de Cristo não pode ser o vigário de Cristo. Considerar o Bispo de Roma como vigário de Cristo, é, portanto, reconhecê-lo virtualmente como divino. Devemos permanecer firmes na liberdade com que Cristo nos libertou. Não podemos ser despojados da nossa salvação por colocarmos um homem no lugar de Deus; concedendo a alguém semelhante a nós, o controle interior e exterior de nossa vida, o que é devido unicamente Àquele em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, e em quem habita a plenitude da Divindade.

Poder-se-iam assinalar outras razões, igualmente compulsórias, pelas quais não podemos, de boa consciência, ser representados no Concílio proposto. Entretanto, como o Concilio de Trento, cujos cânones ainda vigoram, declarou maldito todo aquele que crê nos princípios enumerados acima, nada mais é necessário para demonstrar qual a razão por que declinamos do vosso convite.

Conquanto não possamos voltar à comunhão com a Igreja de Roma, desejamos viver em caridade com todos os homens. Amamos todos aqueles que sinceramente amam ao nosso Senhor Jesus Cristo. Consideramos como irmãos em Cristo todos aqueles que O adoram, O amam, e O obedecem como seu Deus e Salvador; e esperamos estar juntos no Céu com todo aquele que juntamente conosco na terra, declara:

“Àquele que nos ama, e, pelo Seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (Ap.1:6).

Assinado em nome das duas Assembléias Gerais da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América,


Charles Hodge.


"Texto enviado por email pelo Pr. Esli Soares expressando a preocupação atual com essa história de 'ecumenismo", que ainda assola os verdadeiros crentes. Porém, muitos embarcam nisso, baseando-se, principalmente, em um estranho amor cristão que não está imune nem às heresias e tampouco à apostasia."

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Breve história sobre uma igreja: ontem e hoje


" Nos idos de 1963, quando a cidade de Araputanga (MT) ainda era denominada "Gleba Paixão" - pequeno núcleo de fazendeiros - foi oficializada no local a "Congregação Batista de Gleba Paixão", então pertencente à "Primeira Igreja Batista Evangélica de Cáceres", liderada por um pequeno grupo de famílias, dentre elas as famílias Mamedes, Pimenta, Cândido, etc.

No início da década de 60 do século passado, a então cidade de Araputanga era apenas um ermo no sertão de Mato Grosso, cujos pioneiros desbravaram aquelas matas, sem acesso por estradas, fazendo os últimos quilômetros em lombos de cavalos e burros. Mas havia a necessidade de manter acesa a chama de Deus nos corações daquele grupo protestante (fazendo lembrar os puritanos).

Não obstante a enorme dificuldade de se chegar ao local, o então pastor da Igreja Batista de Cáceres, Antonio de Lima Barros, instado pelas famílias pioneiras, homem extremamente consagrado à causa de Cristo, não mediu esforços para implantar o trabalho batista nestes ermos, deslocando-se de Cáceres até Gleba Paixão, passando pela localidade denominada "Tabuleta", e deste local até o destino final, distando ainda 40 quilômetros, estes últimos percorridos em lombos de cavalos ou a pé, em picadas que cortavam aquelas lindas matas virgens e altaneiras. Certamente o homem de Deus vinha refletindo sobre as maravilhas do Criador expressadas naquela natureza pujante!

Eis que então, com a implantação do trabalho batista em Araputanga, outrora "Gleba Paixão", liderados pelo mencionado pastor, os membros fundadores se reuniam em um velho salão de madeira carcomida, localizado onde é hoje a Avenida 23 de Maio. Imóvel pobre, humilde, construído em madeira de restolhos, mas com relativo conforto, tendo em vista o seu tamanho. O imóvel foi construído pelo Ir. João Mamedes Leão, homem de muitas habilidades, auxiliado por outros irmãos.

Aquela congregação Batista recém fundada era representada por seus membros, dentre eles: João Mamedes Leão e sua esposa Ivany Cândida Mamedes, Wilson Mamedes Leão, Maria de Oliveira Mamedes, Marlene de Oliveira Mamedes, Antonio de Pádua Motta, Fumilko Imagali, Jokio Imagali, Wiliam Mamedes Leão, dentre alguns outros.

A primeira Diretoria da Congregação foi empossada em 24 de novembro de 1963, tendo a seguinte composição: 1º vice-moderador - Oriston Cândido de Souza; Secretário - João Mamedes Leão; Segunda secretária - Creuza Ferreira Malta; Tesoureira - Geralda Inácia Mamedes.

Quando de sua organização como igreja, a então congregação já contava com 124 membros, valendo citar, entre eles: Aparecida de Fátima Camilo, Creuza Ferreira Malta, Geralda Inácio Mamedes, Ivany Cândida Mamedes, Lindomar Duarte Pimenta, Marlene de Oliveira Mamedes, Ricardo Mamedes, Ruzivelt Inácio Mamedes, Silvana Fátima Camilo.

Pelas atas registradas em antigos livros, sabe-se que, a partir de 1978, assumiram a liderança espiritual da igreja os seguintes pastores:

- 1978: Pr. Benjamin Hope (interinamente)

- No mesmo ano, foi convidado em conjunto com a Junta executiva da CBCA o Pr. Waldir Rodrigues de Souza para ser obreiro da igreja, vindo a assumir definitivamente o Ministério pastoral em 29 de dezembro de 1979, permanecendo até 08 de agosto de 1981;

- A partir dessa data, com a saída do Pr. Waldir , assumiu interinamente o Pr. Adilson Monteiro;

- No mês de fevereiro de 1982, assumiu o Pr. Oséas Rafael Balbino, que permaneceu até o mês de setembro de 1983;

- Após o ano de 1983, assumiram interinamente o trabalho batista em Araputanga os Pastores Antonio Francisco Marins Filho e José de Souza Filho;

- Em 14 de março de 1987, assumiu o pastorado da igreja o Pr. Milton Vieira do Nascimento, permanecendo até o ano de 1995;

- No mês de janeiro de 1996, foi empossado o Pr. José Dias Junior, que permaneceu à frente dos trabalhos até o mês de junho do mesmo ano;

- Em 28 de junho de 1997, foi empossado o Pr. Lauro Dias Ribeiro, permanecendo até 28 de julho de 1998;

- Nos intervalos entre os anos de 1996 a 1999, nos períodos que antecediam à posse dos Pastores em definitivo, assumiu interinamente o trabalho batista em Araputanga o Pr. José de Souza Reis;

- Em 17 de abril de 1999, foi empossado o Pr. Antonio Vilas Boas, permanecendo até o ano de 2004 e sendo subsituído pelo Pr. José de Souza Reis, atual Ministro desta Igreja.

A Primeira Igreja Batista de Araputanga permanece no mesmo endereço, com a sua sede à Rua Francisco de Assis Ramalho, antiga Rua Frei Caneca, esquina com a Rua Carlos Luz.


Considerações finais do editor do blog

Por ter acompanhado desde há muitos anos esta igreja, não obstante separado dela por algum tempo, sempre a amei profundamente. Ainda quando estive espiritualmente longe. A minha família quase toda se foi, uns para outras cidades, outros morreram, e outros ainda abandonaram a fé. Da família Mamedes restam alguns poucos na igreja. Minha mãe, Ivany Cândida Mamedes, foi uma das fundadoras desta amada igreja, e nela o seu corpo foi velado.

Posso assegurar, porém, que ao longo de todos os anos de existência da Igreja Batista em Araputanga, sempre ela primou pela observância da Palavra de Deus, sem a absorção de heresias ou apostasias, em reflexo ao que estabelece a própria declaração de fé da denominação.

Entretanto, os dias são outros - e são maus. Criei este blog no mês de setembro de 2009, exatamente com o intuito de combater uma série de heresias trazidas para esta igreja por um certo auto-denominado "profeta", todas copiadas do famigerado G-12, como o famoso "Encontro Face a Face com Deus". E nesse encontro, no meio de boas coisas (tenho de reconhecer), há inúmeras heresias, como "quebras de maldições hereditárias, evangelho da prosperidade, autoajuda, autoestima, determinismo contra Deus, distribuição de unções, unção cai-cai" e tantas outras abominações.

Essas mesmas heresias e práticas foram transportadas para a Igreja Batista em Araputanga, uma igreja tradicional/histórica, agora eivada dos vícios nefastos da confissão positiva, com a plena aquiescência do Pr. José de Souza Reis.

Na luta contra essas terríveis heresias, tanto neste blog como na igreja, na qualidade de professor da EBD, fui duramente combatido e perseguido pela liderança, tendo, na última aula (EBD), dia 27/04/2010, sido boiocotado pelo Pastor sob a acusação de "estar difamando a igreja com aquele blog". Este blog, que é público, sempre primou, como também o seu editor, pelas verdades bíblicas, combatendo a apostasia e a heresia que foram disseminadas na Primeira Igreja Batista de Araputanga, tais as que citei acima. Naquela oportunidade, dentre muitas acusações feitas publicamente pelo pastor, fui ameaçado inclusive de processo - por ter combatido heresias, bizarrices, enganos e mentiras, todas expressamente contrárias ao texto bíblico. Não temo processo e continuarei a defender as verdades bíblicas, a ortodoxia, seja dentro ou fora da igreja institucionalizada. Pertenço à Igreja Invisível, Corpo de Cristo.

Realmente abomino heresias e não amo hereges - nem mesmo Jesus os amava e muito menos Paulo que os combatia reiteradamente. Tampouco os odeio. Tenho uma espiritualidade sóbria e aprecio o culto racional (na mesma esteira de Paulo). Não me impressiono com os ungidões que se apressam em gritar glórias a Deus e aleluias nos cultos, mesmo acima do som de todos os instrumentos musicais, para serem ouvidos e admirados (fariseus hipócritas!!!). Não preciso de propaganda e nem de me propagandear às custas da igreja; abomino todas as unções bizarras, apreciando somente aquela única e verdadeira, a do Espírito Santo (1 Jo 2:20, 27). Não caio na unção, graças a Deus! E nem derrubo irmãos com sopro ou tapas na testa. Não falo em língua estranha, em alta voz, para me exibir na igreja, em confronto com a própria Palavra , em 1 Coríntios 13 (fariseu hipócrita!!!). Aliás, nem mesmo falo nessa tal língua extática, não tendo a necessidade do "dom" (a quem edifica, à igreja???). Deus conhece o meu coração - e isso me basta! Conhece o seu também! Não exprimo o falso amor cristão tão em voga nesse meio: sou verdadeiro, sincero e sigo a Palavra, pois ela é suficiente para mim. Amo as pessoas e irmãos, mas, repito, não alimento heresias e combato hereges.

Em uma última postagem sobre o assunto em referência, mostrarei todas as tentativas que fiz no intuito de dialogar com o Pastor e "a" liderança sobre os problemas que ocorriam na igreja, especialmente a famigerada unção cai-cai e as profetadas, disseminadas por profetas adivinhadores - com a sua plena aquiescência - sem jamais obter qualquer êxito.

Todavia, tenho certeza que a Igreja de Cristo permanecerá viva, a despeito da apostasia aceita e disseminada por tantos líderes, sequiosos de crescimento (e poder) a qualquer custo, mesmo ao preço de suprimir a Palavra Inerrante, ensinando práticas de um novo evangelho apóstata e anátema.

Que Deus tenha misericórdia da Sua Igreja, pois há muitos "irmãos espirituais" que estão sentindo "coceira nos ouvidos"!


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segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Cruz e a Coroa - A ética cristã


Por Reverendo Esli Soares



Para nós cristãos dois símbolos deveriam estar sempre em nossas mentes; a Cruz e a Coroa. A Cruz que nos lembra do maravilhoso sacrifício de Jesus em nosso lugar, e a Coroa que nos “fala” de sua majestade e glória. Estes símbolos devem dirigir as nossas atitudes, se bem que não eles, como se fossem algo mágico ou místico, e sim a interiorização (Salmo 1:2), como que um lembrete — ou melhor, um aviso — “Cristo morreu em nosso lugar” (Romanos 8:34) e “Ele voltará em majestade e glória” (Mateus 25:31).

Essa identificação com o sofrimento de Cristo e com sua Majestade promoverá em nosso íntimo duas perguntas bem objetivas: como você tem vivido a vida de Cristo que agora está em você? No Dia do Senhor, como você se apresentará diante Dele?

Essas perguntas, motivadas e constantemente lembradas por esses símbolos, devem ser, sempre, respondidas em cada uma de nossas ações. A cada passo ou decisões tomadas devemos sinceramente avaliar se o que vamos fazer “responde” de modo adequado a essas questões. Não por medo da condenação naquele Dia, o Dia do Juízo Final – afinal, estamos seguros em Cristo que nos lava de todos os pecados – mas por uma profunda certeza de que as chagas dele deveriam ser nossas.

E então, como que constrangidos por esse amor, devemos procurar em tudo ser santos como Deus, nosso Pai, é santo, ou seja, ser obedientes ao Pai como o próprio Cristo foi obediente até a morte e morte de cruz. Sabendo que esse mesmo Jesus que morreu, ressuscitou e vivo está agora, em breve virá para definitivamente (totalmente) assumir seu lugar de Rei e Senhor.

Entretanto, essa vida de santidade, de obediência irrestrita ao Pai, não é aquela que asceticamente ou impassivelmente caminha indiferente à vida cotidiana, como se não tocasse ou não fosse tocada pelas situações, problemas ou pessoas. O próprio Cristo chorou (João 11:35), se entristeceu (Lucas 7:13), irou-se, e mais, agiu energicamente (Marcos 11:17).

Santificação, motivada pela lembrança (meditação) em Cristo, simbolizada pelo pensamento cativo à Cruz e à Coroa, leva-nos em cada instante tentar de todo o coração, nos identificarmos com Ele! Procedendo da mesma maneira que Jesus, o Senhor; refletindo em nossas atitudes a vontade de Deus revelada em sua Palavra.

Esta vida de santidade é proposta e possibilitada pelo Santo Espírito, quando num comprometimento total, ou seja, num entregar-se a si mesmo (Romanos 12:1 e 2) à autoridade Dele, obedecendo seus mandamentos e vivendo de acordo com a Bíblia Sagrada (João 14:21).

Ter a Cruz e a Coroa sempre em nossas mentes não impedirá que sejamos tentados, ao contrário, as tentações podem até aumentar. Esses símbolos não manterão o mal afastado e nem garantirão vitórias e bênçãos financeiras ou mesmo uma saúde inabalável.

Mas ter como parâmetro de conduta da sua vida, do seu dia-a-dia, o amor eterno de nosso Deus e Pai que enviou seu único filho, que em sua maravilhosa graça (Cruz) nos transportou para seu Reino (Coroa), e nos garante a vida eterna, esclarecerá qualquer dúvida de como devemos proceder. E nos dará a força necessária para vencermos qualquer conflito que venhamos a enfrentar. São os que conhecem a verdade que são os verdadeiramente livres; livres pela verdade!

Que jeito será mais acertado de conhecer a verdade, e em consequência disso ser realmente livre (João 8:32), que manter a mente voltada para a Cruz (a morte) e a Coroa (a majestade) de Jesus, a VERDADE acima de todas as verdades?
(Texto publicado no 3º Boletim da IPT em 28/03/2010)

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