quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Reflexão sobre o ano que passou, esperança para o vindouro




Ontem fui ao culto em minha igreja, terça-feira, início de semana. Embora sem um significado aparente isso me fez refletir...

Rememorei um tempo em que nesses cultos havia a verdadeira adoração ao Criador com ênfase na redenção pela justificação em Cristo. Ontem naquele culto pude reviver essa experiência do Evangelho genuíno : não houve sinais, êxtase, "prodígios" e nem mesmo a exacerbada exaltação exteriorizada por alguns. Tudo calmo, ordenado, sóbrio. Racionalidade e adoração. Culto a Deus, na verdadeira acepção da palavra.

O Pastor, como que respondendo às minhas leituras da semana, pregou sobre Efésios 1, exaltando a graça que nos foi concedida gratuitamente, fazendo uma vinculação com Gálatas. Oh, quão simples e tão profundo!

Confesso que exultei, pois essa mesma igreja havia perdido a simplicidade que sempre a caracterizara, trilhando experimentalmente caminhos tortuosos, onde a graça já nada mais significava, sendo substituída por obras humanas. A Palavra inerrante, por sua vez, sendo aprisionada.

Ah, mas ontem, naquele simples culto de terça-feira a Palavra se fez plena, se fez ouvir. O homem, antes o centro da "verdade" , agora sendo apenas o instrumento de Deus para exteriorizar a Sua vontade expressa na Bíblia.

A Revelação verdadeira sem outros matizes, sem sombras, não ofuscada por quaisquer verdades relativas. O Absoluto desvelado: Deus falando , se revelando através do pequeno profeta. Quantos profetas há por aí sem fazer sinais, prescindindo de outras profecias estranhas que não sejam aquelas registradas nos Evangelhos...

Quem precisa de profecias humanas, quando a maior delas se encontra registrada, regada de púrpura escarlate do sangue do cordeiro?

Para que os rituais se todos eles se tornaram desnecessários com o advento da nova aliança quando rasgou-se o véu do templo, tornando-se o dia em noite?

Sepulcro vazio ou sepulcros caiados?

Sim, ontem eu não presenciei êxtase, não ouvi ruídos estranhos e ininteligíveis; todos se mantiveram firmes, altivos; nem um sequer caído. Vi irmãos adorando o verdadeiro Deus invisível, que não se mostra, mas se faz sentir. Senti a presença do Eterno não materializada em atitudes inócuas. Nem mesmo os "anjos" vieram, posto que não foram anunciados. O Espírito Santo estava lá, em cada irmão prostrado em adoração verdadeira, no entanto também não foi visto, não foi apreendido pelos sentidos. Todavia ele estava lá ontem...

O pequeno profeta deu o seu recado, referendado pelo Outro, o Grande, o Maior, o Indizível.

O novo ano está chegando - então Ele permanecerá lá, como ontem, junto ao seu povo, guiando-o, para que "ninguém se perca pelo caminho". Sem profecias humanas, sem atos proféticos, sem unções (a não ser a primeva e única), sem "cair", sem rituais...

Só Ele.


2 comentários:

Roberto Vargas Jr. disse...

Sabe, Ricardo, sofisticação (intelectual) bem pode nos fazer pensar bastante. Mas não há páreo para a simplicidade. É nela que que a beleza, que o Belo se revela!
Bela postagem!
Roberto

Ricardo Mamedes disse...

É verdade Roberto. Às vezes as coisas mais simples têm a capacidade de nos tocar profundamente. O que importa, na verdade, é que sejam genuínas, autênticas, que brotem do coração.

Um grande abraço,

Em Cristo,

Ricardo

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