domingo, 13 de dezembro de 2009

Reflexões sobre o suicídio




Tem sido recorrente nos blogs a discussão a respeito do suicídio de cristãos, especialmente sobre ser plausível ou não o suicídio daquele que é salvo. Assim foi que no blog da minha amiga e irmã Regina Farias (reginafarias.blogspot.com) essa discussão foi levantada (aqui ), oportunidade em que aproveito para, sem mais delongas, reproduzir os nossos comentários logo abaixo, talvez suficientes para levar luz sobre a questão, ou, pelo menos, induzir à reflexão:

Ricardo Mamedes disse...

Olá Regina,Penso exatamente como o joão no que se refere ao suicídio e destino da alma. Até fiz um comentário no post do Pr. Renato Vargens.Há verdades que não podem ser relativizadas e uma delas é a verdade bíblica. Essa verdade não pode ser relativizada, tampouco minimizada em razão da experiência humana. E nesse sentido, ninguém poderá alcançar a Deus sem o arrependimento, que leva à regeneração, e esta, a um processo gradual de santificação. Porém, arrependimento é condição 'sine qua non' para alcançar a salvação. Ao suicida, por seu turno, é negada essa possibilidade, uma vez que o seu 'último ato' é tirar a própria vida. E a Bíblia é clara em asseverar que "os homicidas não alcançarão a Deus" - a menos, claro, que haja arrependimento.A minha teoria é que andam pregando muito a bondade de Deus e omitindo a Sua justiça e o seu "justo juízo". A ira de Deus, segundo J. I Packer (tenho um post sobre isso), se revelará no juízo, quando afastar os reprovados dos eleitos.Não acredito ainda que qualquer doença ou debilidade mental excluam ou minimizem a verdade bíblica citada em epígrafe, posto que Ele mesmo afirma em Sua Palavra que a "Sua obra será completa". Ou seja, o plano de salvação sendo completo, não admite o não livramento de Deus e, por conseguinte, a possibilidade de um eleito suicidar-se. Não posso crer nisso. Muitas pessoas não ousam afirmar isto por medo da reação das pessoas, posto que tais verdades podem doer. Todavia, à luz do entendimento bíblico é assim que eu teorizo sobre o assunto suicídio. Entretanto, respeito as opiniões contrárias.


Regina Farias disse...

Ricardo

Eu também não creio em bondade dissociada de justiça. Até um pai terreno é "bonzinho", põe no colo, perdoa, mas aplica sua disciplina, seu corretivo, sua digamos, "pena".Se bem que confesso que fiquei simplesmente maravilhada quando pude experimentar esse Deus amoroso que procurei em uma vida inteirinha quando "conhecia" o Deus carrasco/repressivo/punitivo/malvado.E olha, é justamente em cima de um fragmento da sua colocação que eu contra-argumento de certa forma, talvez por ser uma eterna sonhadora, sei lá. Mas não por teimosia imatura nem tampouco jamais por querer passar por cima da Palavra ou jeitosamente manipulá-la de modo agradável pra mim. Eu não teria essa presunção.Bom... suas palavras, são:"...arrependimento é condição 'sine qua non' para alcançar a salvação. Ao suicida, por seu turno, é negada essa possibilidade, uma vez que o seu 'último ato' é tirar a própria vida. E a Bíblia é clara em asseverar que "os homicidas não alcançarão a Deus" - a menos, claro, que haja arrependimento".É nesse finalzinho que eu penso, entende? alguém que fez a bobagem, tipo ingerir um monte de comprimido e ver que não tem volta e sabe-se lá o que ocorre naquele curto espaço de tempo entre a agonia e o desfecho. Só Deus está ali e mais ninguém. É só nisso que me pego, mas como esperança, apenas isso. Não questiono o que está claro. E nem o que, de repente, não é pra estar claro, pois essa parte fica por conta da fé. Concordo contigo e justamente por ser pautado na Palavra.

Por fim, deixo apenas reproduzido o versículo em Atos 3:19:

"Arrependei-vos, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados"


4 comentários:

Antonio Mano disse...

A bondade e a justiça de Deus não estão presas na nossa cronologia temporal.
Um milésimo de segundo, pode ser uma eternidade para a expressão do arrependimento.
Contudo, se é permitido teorizar.. pode-se conjecturar que ao morrer, a pessoa, que não é apenas matéria, teria consciência e tempo para arrepender-se, não falo em purgatório ou algo do gênero.. apenas elocubro aqui, questões que não possuem explanação plena na Bíblia. Suspeito eu o porque disso.. mas aí.. já é tema para outro post..
Abraços.

Regina Farias disse...

Antônio
Isso aí!
E falando em purgatório, só porque usei o termo limbo, inclusive entre aspas, lá no Púlpito Cristão e acerca justamente desse tema, levei uma saraivada teologal rsss.
Mas parafraseando-o, já é tema para outro post, tô esperando rsss
Abs...
R.

Ricardo Mamedes disse...

É isso aí Antonio... Elocubrações são possíveis sempre. Porém, o princípio "sola escriptura" não permite isso - e eu o sigo. Entendo arrependimento, à luz da Bíblia, como algo que deve acontecer com o "ser" enquanto matéria, alma e espírito. E não depois de morto. Posto que, a acreditar nisso, terei também que aceitar o "batismo pelos mortos" pregado pelos mórmons.

Regina, entendo a questão de "limbo" , talvez usado com a natureza de semi-consciência. Não exatamente como o limbo retratado por Dante Aliguieri em sua " A divina comédia", pois ali realmente é um estado intermediário entre o céu e o inferno, ou talvez, antessala do inferno (rssss) . Aliás, uma ótima obra.

Obrigado pelos comentários meus amigos.

Ricardo

Regina Farias disse...

Ricardo

Exatamente! Você usou a expressão correta para o meu devaneio literário rss

E não o estado intermediário do Dante e da ICAR.

E só quem sabe o que rola na semi-consciência é o Autor de nossas vidas!

Feliz Natal pra vc é toda sua família!

Abs...

R.

Postar um comentário

Serão sempre bem-vindos comentários sérios, respeitosos e que convidem à reflexão. Se é esse o seu intento considere-se aceito.

  ©A VERDADE LIBERTA, O ERRO CONDENA - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo