sábado, 12 de dezembro de 2009

Deus e o homem: similiaridades e paradoxos


Colin Chapman

Dizer que o homem é similar a Deus significa que:

Assim como Deus é pessoal, também o homem é pessoal
Assim como Deus tem mente e pode pensar e comunicar-se, também o homem tem mente e pode pensar e comunicar-se; o homem é racional.
Assim como Deus tem vontade e pode decidir e fazer livres escolhas, também o homem tem vontade e pode fazer certas livres escolhas; o homem é responsável e terá de prestar contas de seus atos.

Assim como Deus tem emoções e pode sentir, também o homem tem emoções e pode sentir .

Entretanto, o homem é claramente diferente de Deus quanto a certos aspectos:

Deus é infinito, não limitado pelo espaço e pelo tempo; não se dá o mesmo com o homem.
Deus é espírito e não tem corpo; o homem possui corpo físico com todas as suas limitações.
Deus é dotado de conhecimento e poder absolutos; o homem não é dotado dessas qualidades.

Conforme foi originalmente criado, o homem "era perfeito" : viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.

Embora o homem não seja mais perfeito, continua sendo criação de Deus e traz a Sua imagem. . A semelhança foi desvirtuada, mas não completamente obliterada. O homem continua tendo algo em comum com Deus, e é exatamente isso que lhe dá sua dignidade e grandeza. Por conseguinte, por mais que os escritores da Bíblia tenham frisado o estado decaído do homem, nunca perderam de vista o fato de que ele é a coroa da obra criativa de Deus em todo o universo.

"Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres, e o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus, e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre a obra da tua mão, e sob seus pés tudo lhe puseste; ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares."

Sou um ser criado , e tenho de aceitar esse fato. Preciso reconhecer as minhas próprias imperfeições, limitações e debilidades:

"Ai daquele que contende com o seu criador e não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso dirá o barro ao que lhe dá forma: que fazes? Ou: a tua obra não tem alça? Ai daquele que diz ao Pai: por que geras? E à mulher, por que dás a luz?"

Uma vez que eu tenha chegado a esse ponto de aceitação, então poderei ser tomado por profundo senso de confiança e alegria. Naquele que me criou e que me conhece tão completamente:

"Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra.

Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda.

Que preciosos para mim, Senhor, são os teus pensamentos.
As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; ensina-me para que prenda os teus mandamentos."

O HOMEM AGORA É UM REBELDE CONTRA O SEU CRIADOR

A raça humana encontra-se agora em estado de rebelião contra o seu próprio criador. O homem talvez reconheça que Deus existe. Os homens chegam mesmo a tentar adorá-Lo de diversas maneiras. No entanto, nao O amam conforme Ele merece. E não conseguem viver à altura de Seus padrões.

O homem não foi criado como rebelde; mas tornou-se um rebelde. Quando Adão foi criado foi-lhe ofececida uma escolha: depender de Deus e ser-Lhe obediente, ou ser independente.

Deus advertiu claramente quais serião as consequências da desobediência:

"De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás."

Os efeitos da rebelião e do pecado de Adão foram transmitidos à raça humana em sua inteireza:

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."

A rebeldia do homem contra Deus, no tempo presente, consiste, por conseguinte, da virtude de viver de acordo com as leis reveladas por Deus.

João define o pecado em termos de desregramento ilegal:

"Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei."

Paulo define o pecado como a recusa do homem por reconhecer a verdade que ele sabe no tocante a Deus:

"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidas por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis. Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios tornaram-se loucos."

Aqueles que nãod receberam a mais plena revelação de Deus por intermédio da Bíblia e por meio de Jesus Cristo, encontram-se no mesmo estado de rebelião contra Deus. Paulo afirma que, embora não tenham recebido essa revelação mais ampla, eles estabeleceram determinados padrões para si mesmos e seus semelhantes, mas não têm vivido de conformidade com os mesmos.

"Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas; porque no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que praticam tais coisas. Tu, ó homem, que condenas aos que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?"

Isso quer dizer que homens que jamais ouviram a revelação mais plena de Deus, registrada na Bíblia, serão julgados de acordo com o fato se viveram ou não em consonância com os padrões que estabeleceram para si mesmos e para outros. E, sobre essa base, não existe quem seja inocente diante de Deus,

"... todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado.

"... todos pecaram e carecem da glória de Deus."

1 Comentário:

Alan Brizotti disse...

Ricardo,

Ótimo texto! Esse tipo de reflexão precisa ser resgatada no ambiente eclesiástico da atualidade, onde trivialidades ganham a tatuagem de profundidade, mas sem o mesmo encanto.

Abraços

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