"Caim" de José Saramago: Mais uma inconsistência do ateismo
A imprensa mundial está anunciando a nova obra do escritor lusitano José Saramago : "Caim". Mais uma vez o autor narra um fato bíblico pela visão essencialmente humana, extraindo do texto e da estória a atuação divina, assim como fizera na sua obra "O evangelho segundo Jesus Cristo", retratando o Salvador apenas como homem comum.
Em "Caim", mais uma vez o autor desfigura o texto das Escrituras, desta vez indo além, pois subverte a verdade da historicidade bíblica, colocando o fratricida na condição de herói e culpando Deus por todas as suas vicissitudes. Este sim (Deus), é o culpado por todas as mazelas sofridas por Caim.
A crítica exposta pela revista "Veja" desta semana - que costuma ser bastante sóbria - considerou de mau gosto, caracterizando como 'humor grosseiro' o fato de o escritor indagar em sua nova obra "por que Deus não cercou a árvore do fruto proibido com arame farpado para evitar que Adão e Eva se servissem dela".
Na minha opinião a liberdade de expressão deve ser total, guardada a responsabilidade pelo dano ou lesão causados contra alguém, inclusive garantindo-se o direito às pessoas de não acreditarem em qualquer divindade, seja Deus, alah, buda. Todavia, é de bom tom evitar o escárnio, a ironia rasteira, a grosseria. Não por que ofenda a Deus, uma vez que Ele não necessita de defesa, mas em razão de ofender uma gama de outras pessoas que creem nEle.
Nesse ponto eu enxergo um certo desespero dos ateus em geral e do escritor em particular. Ele encarna um certo histrionismo, uma mal disfarçada estridência nessa sua cruzada em favor do ateismo, como se estivesse esforçando-se para acreditar nos seus motivos; justificando-se incessantemente para si mesmo. Na minha opinião, despindo a atitude do autor de todos os nossos temores cristãos, ainda assim afirmo que é mais fácil crer . A fé em Deus nos livra desse desespero...
A verdade é que os ateus que desfrutam de certa notoriedade em razão da sua "militância", como o próprio Saramago e o "reconhecido" Richard Dawkins, costumam ser por demais ácidos nas suas críticas, enquanto que os crentes não hostilizam tanto os ateus. No máximo têm com eles uma atitude de respeitoso alheamento, um distanciamento ético.
Em "Caim" o autor revela a sua verdadeira antipatia contra Javeh, evidenciado pelo modo profano e irreverente com que se remete ao Criador. No dizer do crítico (Veja) é o "acerto de contas com Deus". Embora respeitando a posição do homem das letras, eu me permito rir dele. E é nesse momento que reforço a minha crença nas doutrinas da graça e eleição dos santos, pois, salvo melhor juízo, em alguns casos é manifesta a condição de não eleito.
É óbvio que José Saramago tem algumas qualidades como escritor, até mesmo em função de deter o Nobel de literatura. Todavia, pela minha humilde avaliação, ele não é nenhuma sumidade. Em "Ensaio sobre a cegueira" é possível observar uma linguagem coloquial, quase pobre, com uma narrativa tortuosa, embora sendo uma crítica social bem alinhavada. Mas ainda prefiro um Dostoievsky, Tolstoi, Thomas Mann, Wiliam Falkner, Humberto Eco e tantos outros, ao José...
Uma coisa é certa, o "acerto" de José Saramago com Deus ainda não é definitivo.
3 comentários:
"... Todos os homens são como a erva,
e toda a sua beleza como as flores do campo.
Seca-se a erva, e caem as flores,
soprando nelas o hálito do Senhor.
Na verdade o povo é erva.
Seca-se a erva, e caem as flores,
mas a PALAVRA do Nosso Deus SUBSISTE ETERNAMENTE"
(Is 40:6b-8)
Estou indignado com esse Saramargo, mas maravilhado com a SOBERANIA DE DEUS.
DEUS É SOBERANO SOBRE A TERRA,SOBRE O CÉU TU ÉS SENHOR. TU ÉS TREMENDO. ALEUIA!!!!
Esse novo livro de Saramango, nada mais é de que um vazio existêncial em seu ser.
É isso mesmo, amigão: o acerto de Saramago com o Criador ainda não se deu. Oremos para que isso aconteça...
Abração! E parabéns pela oportunidade do post.
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