quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Heresias são heresias, sem meio termo



Vemos diuturnamente os evangelhos sendo corrompidos e deturpados por uma série de pregadores sem compromisso com a verdade. Eles supervalorizam a experiência em detrimento da boa doutrina justificando os seus atos sob a assertiva deletéria segundo a qual 'os fins justificam os meios'. Com essa mesma justificativa vimos, ao longo da história, muitos crimes sendo cometidos contra a humanidade.

De fato, os fins não justificam os meios, nem nas atividades humanas do ser natural, e muito menos naquelas que envolvem o relacionamento com o Todo Poderoso, no manuseio da sua palavra. Fomos admoestados a não mudar ou suprimir 'um til ou um jota' da palavra santa. Não há meio termo ou condicionantes quando se trata com a palavra de Deus. Ou é ou não é.

Não se admite o "quase" . Nessa vertente, não se pode aceitar aquela atitude, a pregação baseada no "quase certo". Se os evangelhos dizem que não, se a prática não é prevista neles, ou se a prática lá existente diverge com a que se faz, a heresia emerge com toda a sua força e capacidade destruidoras.

A Palavra nos adverte que as heresias sobejarão, conclamando os crentes a combatê-las:
"Porque aparecerão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodigios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mateus 24:24)


"Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira". (2 Tessalonicenses 2:9) Não se pense que esses erros serão inoculados sem disfarces, uma vez que o veneno é ardilosamente disseminado entre os incautos. Assim diz a Bíblia:

"...Assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme". (2Pedro 2:1-3)

O que fazer? Examinar sempre os evangelhos é uma atitude que impede o engano e a crença em falsas doutrinas, ou nas práticas travestidas de respaldo escriturístico. Não é tempo de nos alimentarmos de 'leite espiritual', mas de alimentos sólidos, parafraseando o apóstolo Paulo.
Assim está escrito:

"Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro." (Efésios 4:14)

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as". (Efésios 5:11)

É necessário que nós, crentes, observemos a pregação do homem, se tem como fundamento a palavra de Deus. Examinando constantemente as Escrituras, mais especificamente os Evangelhos, a fim de flagrarmos atitudes lacunosas ou dissonantes. Sejamos bereanos ao invés de coríntios. Os primeiros examinavam minuciosamente as escrituras para testificar os espíritos e extrair a verdade ou verossimilhança com os preceitos bíblicos; os segundos abraçavam toda e qualquer doutrina que fosse 'aparentemente espiritual'.

A palavra ainda nos adverte que:

"Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." (2 João 1:10-11)

"Mas ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá aleém do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema." (Gl 1:8-9)

Ora, vivemos o tempo das grandes heresias. Elas vêm embrulhadas em belos pacotes, mas o seu conteúdo é fétido. Uns, vendem a prosperidade como essência da verdade, trocando Deus por cifrões, ou prometendo benesses materiais em troca de ofertas e doações, como se a Igreja de Cristo fosse um balcão de negócios. Outros, munidos de unções as mais diversas, prometem e transferem aos cristãos bebês os seus 'poderes' quase mediunicos. Outros ainda curam, oferecem dons espirituais, como se fossem o 'rio de onde jorram tais predicados. E há aqueles que praticamente salvam os incrédulos por eles "ministrados", prometendo libertá-los do jugo do pecado, das garras de satanás.

A cruz de cristo, para todos eles, a propiciação por nossos pecados , a justificação e a regeneração pela Graça são coisas que não conhecem ou fingem desconhecer. Eles aparecem enquanto Cristo diminui. Eles libertam por suas próprias ações, e o Cristo de Deus é apenas uma imagem desfocada, sem qualquer poder. Eles sepultam o Pai e o Filho com as suas ações tresloucadas. Na medida em que eles detestam a doutrina, pisoteando-a diariamente, a palavra de Deus nos admoesta a observá-la:

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina". (1 Tm 4:16)

"Porque virá tempo que não suportarão a sã doutrina". (2 Tm 4:3)

"Retendo a palavra fiel que é conforme a sã doutrina". (Tt 1:19)

"Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus". (2 João 9)

Cristo é a única verdade e o caminho que nos leva a Deus. A Bíblia deve ser a nossa regra de conduta cristã, a fonte da nossa incessante busca. João Calvino nos advertia que "O verdadeiro conhecimento de Deus está na bíblia e ela é o escudo que nos protege do erro".
Busquemos, pois a verdade, e sejamos imitadores de Cristo.

1 Comentário:

laudiceia disse...

Neopentecostais. Dizem-se e pensam que são pentecostais, mas não querem abraçar o que dizem as Escrituras. São experiencialistas e ingênuos; seguem a qualquer manifestação sem nenhuma análise, ao contrário dos crentes de Bereia (At 17.11). Para eles, modismos, como “cair no Espírito”, “dentes de ouro”, “emagrecimento”, “crescimento de cabelo”, “depósito em conta”, etc., são obras divinas, e ponto final. Mas a Palavra de Deus nos manda julgar, examinar tudo (1 Co 2.15; 1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29; Jo 7.24; 1 Co 10.15).

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