segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sobre Cristo e sobre calvinismo




É tempo de falar de Cristo, sempre é tempo. É tempo de falar de bondade e de amor. É impossível falar de Cristo e ao mesmo tempo negligenciar bondade e amor, ou tornar-se indiferente a tais sentimentos e ainda assim anunciar-se como cristão.

O calvinismo é o reflexo mais perfeito do único e verdadeiro Evangelho. O Evangelho é Cristo e Cristo é amor e é bondade. O Cristo que veio e se esvaziou, tornando-se homem e suportando as mais vis humilhações para salvar o mesmo homem que o crucificou. Ora, por isso mesmo o Evangelho é loucura para o homem que não crê. Para mim, no entanto, o Evangelho é belo e maravilhoso, porque é a minha salvação em Cristo. Eu preciso anunciá-Lo para tantos quantos queiram ouvir...

Tão grande salvação a mim ofertada gratuitamente, mesmo sendo eu pecador, requer que eu glorifique a Deus incessantemente, que eu reconheça nEle a plena soberania, e que eu me diminua cada vez mais, tal como João, o Batista...

O Cristo crucificado não permite que eu me vanglorie, tampouco que me ensoberbeça. Cada gota do seu precioso sangue derramado na cruz do calvário exige de mim um esvaziamento do maldito "eu", capaz de me induzir à soberba e arrogância , quanto mais me sinto autossuficiente. Eis que fui comprado e resgatado por grande preço.

Ultimamente tenho visto alguns amigos cristãos calvinistas armados com a sua sabedoria a digladiarem entre si. A arena é este espaço virtual, as espadas afiadas as letras. Estocadas se sucedem de lado a lado. Sangram no combate ferrenho, pois nenhum dos contendores admite "perder" a peleja. Enquanto isso, sangra mais ainda o Cristo crucificado, em uma terrível e excruciante permanência...

Não se admite transigir, porque transigir é perder. Contemporizar ou relevar é, para os "gladiadores", símbolo maior de covardia. É mister demandar e demandar; litigar e litigar; bater e bater. Os cristãos, agora transmudados em contendores, perdem-se em seus longos arrazoados, enraivecidos, irados. Já não é o Cristo, decididamente, que os induz à batalha, posto que o Salvador assim ensinou:

Mateus 5: 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.

Esse calvinismo arrogante e soberbo, do "olho por olho e dente por dente" não é o que eu desejo praticar. Ainda que eu não consiga oferecer a outra face, buscarei sempre seguir os ensinamentos, tentando ser imitador do mestre. Não vislumbro qualquer benefício nas contendas, no linguajar agressivo, na hostilidade, na truculência, ainda que travestidos de uma aparência cristã. Não quero essa sabedoria! Lembrando Tiago, quero "estar pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para irar" (Tiago 1:19-20). Buscarei praticar a Palavra e não apenas ser um ouvinte não participante; vendo no "espelho", não o homem natural, mas o homem espiritual, resgatado e redimido (parafraseando o autor citado em epígrafe).

Não aceito o argumento falacioso da falsa humildade, que muitos calvinistas, meus pares, justificam para ativar as suas contendas, ataques, "estocadas" e inconfidências, alegando o pretexto da "exortação" ou "admoestação", uma vez que ambos devem ser acompanhados de serenidade e mansidão. Prefiro ser considerado tolo e estulto, a participar de tais contendas e dissensões , se assim for necessário para que seja considerado sábio. Aliás, pouco me importa a sabedoria deste século.

O Evangelho me ensina a calar para que não sobrevenham contendas, principalmente com os domésticos da fé. Certamente é preferível me humilhar agora, para que seja exaltado depois (Lucas 14:11).

Antes de ofender o irmão, não custa nada lembrar que "a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15:1).

Por fim, reconheço não ser fácil a caminhada cristã; estamos sempre meio trôpegos, nesse andar quase claudicante. Porém, façamos tudo para "não entristecermos o Espírito de Deus, no qual fomos selados para o dia da redenção, sem amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia" (Efésios 4:30-31).



Ps: Que fique bem claro que não estou a generalizar , incluindo todos os meus amigos calvinistas na querela, mas alguns. E refiro-me a um episódio específico envolvendo uma discussão ocorrida em um blog que acompanho, envolvendo irmãos que estimo. O que não impede a minha tristeza e admoestação, através deste post. Os demais irmãos calvinistas, verdadeiros amigos que frequentam este blog, não se sintam incluídos, por favor.

19 comentários:

Regina Farias disse...

Ricardo,

Gosto dessa sua lucidez.
Não é porque eu me identifico com algo (ou alguém, ou uma ideologia) que tenho que abaixar minha cabeça e concordar com a forma como expressam seus pensamentos.

Isso é exercício sadio do senso crítico que Deus nos presenteou.

E, aproveitando sua colocação em relação ao calvinismo, eu acho que devido ao tipo de educação religiosa que recebi, associado ao meu temperamento, estilo pessoal, sei lá, talvez eu não consiga me enquadrar em nenhuma ideologia, movimento, doutrina, bandeira, ou seja lá como se deve chamar, e talvez também seja por isso que eu respeito as pessoas individualmente pelo que elas são/fazem/dizem.

Acho oportuna essa sua questão, porque quando a gente se expõe como o fiz na minha mais recente postagem, provoca sem querer comentários que se opõem, gerando discussões tolas e perda de energia. E disso eu faço toda a questão do mundo de me distanciar sem, contudo, deixar de me posicionar.

Por tudo isso aí que você coloca tão bem!

Abs,

Neto disse...

Concordo plenamente que existe muita arrogancia, infelizmente.

Parece que quanto mais sabemos da Palavra, mas o bichinho do orgulho tenta corroer nosso coração.

Acho que o remédio é olhar pra Deus. Perto dEle, quem pode dizer que sabe demais?

Um abraço, Deus abençoe.

Armando Marcos disse...

Oi Ricardo: fiquei agora sabendo da sua entrada no "Sorteios" ; eu fiz uma atualização da postagem e lhe deixei um recado lá! dá uma olhada!
Abraços
Armando

http://www.projetospurgeon.com.br/2010/12/atualizacao-sorteio-de-livro-resultado.html

Unknown disse...

Ricardo,

O verdadeiro manipulador é aquele que te ataca e depois te chama de conflituoso quando tu te defendes da injustiça. E ainda tem a capacidade de se fazer de vítima e imputar o ataque inicial a ti.

Ele arma o circo, se cerca de palhaços e tenta ludibriar o público com ilusionismo barato.

Só paga para entrar neste espetáculo infernal quem está ardendo em chamas como ele.

Que Deus tenha compaixão de nós.

Abraço.

Blog Ioiô Mareco disse...

Amei sua postagem , era tudo que eu precisava.Deus abençõe e continue-o usando poderosamente, para honra e glória do nosso Deus.Sabias palavras!
Fique na paz

Ricardo Mamedes disse...

Regina,

Obrigado pelo elogio, mas não me acho tão lúcido. Apenas reflito um pouco mais, antes de cometer erros na tentativa de evitá-los (na maioria das vezes não consigo). Bom mesmo é crer no Evangelho puro e simples. O calvinismo, a meu ver, ecoa este Evangelho, por isso o abraço, mas sempre respeitando os que pensam diferente, sem contudo concordar com eles, consoante você afirmou certeiramente.

Obrigado mais uma vez por visitar este espaço, com comentários tão propositivos.

Abraços.

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Neto,

Assino embaixo do seu comentário, você está corretíssimo!
Até que enfim você voltou aqui e até comentou! Que maravilha!!! Rsrrs.

Armando,

Pois é, eu também estou muito contente por ser mais um colaborador/participante do "Sorteio de livros". Muito obrigado por ter inserido meu nome lá.

Grande abraço meu irmão!

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Tiago,

A pior coisa que pode acontecer é não aceitar diferentes e nem diferenças. A serenidade e domínio próprio cabem sempre, principalmente quando admoestamos ou exortamos. Aliás, a palavra dita pelo apóstolo paulo foi "mansidão". Não acho mesmo correto provocar a ira do irmão - e foi contra isso que me levantei quando me referi ao "tom".

Fique na paz meu irmão!

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Yo,

Inicialmente, obrigado pela visita e comentário. Se esta postagem tivesse apenas o seu comentário e a sua visita já teria valido a pena! Fico muito agradecido a Deus por ter servido de instrumento para a sua edificação. Honra e glória a Ele somente!

Que Deus o abençoe grandemente!

Ricardo.

Unknown disse...

Ricardo, o tom é o que menos importa. A heresia pode ser sussurrada docemente, e isso a torna ainda mais perniciosa.

Melhor o ataque franco e o debate aberto. A espada do inimigo declarado é menos perigosa que o punhal do inimigo disfarçado.

Casal 20 disse...

Ricardo, verdade, triste verdade. Certa vez, acompanhei uma discussão também que descambou para um bate-boca trágico e tudo isso entre irmãos. O que me impressionou é que em nenhum momento se pensou que irmãos frágeis na fé e descrentes podiam estar acompanhando aquele bate-boca... feio.
Primeira vez que estou por aqui, Ricardo. Sempre acompanho seus comentários aos posts da Norma. Gostei muito do blog. Parabéns.
Abraços.

Ricardo Mamedes disse...

Caros amigos e irmãos (casal 20)

É uma honra tê-los por aqui, eu também me lembro de tê-los visto no blog da Norma várias vezes e lido os seus comentários.

Na verdade, é preciso que façamos um grande exercício de tolerância, pois muitas vezes somos quase forçados a revidar, quando o melhor seria calar. Quando acontece isso comigo - e confesso que aconteceu ontem - a cautela indica que devemos "tirar o time de campo".

Muito obrigado pela visita!

Ricardo.

Unknown disse...

O que Mateus 5:38 tem a ver com apologética? Absolutamente nada. Ele ensina para dar a outra face quando somos pessoalmente agredidos, mas não quando a verdade de Deus é atacada.

Se alguém te rouba um relógio tu não deves revidar e nem ter ódio da pessoa. Mas se ela ataca o governo e a Lei de Deus, é uma situação totalmente diferente, pois ela voluntariamente está se colocando como inimiga de Deus, e consequentemente, tua inimiga.

"Ó SENHOR Deus, como odeio os que te odeiam! Como desprezo os que são contra ti! Eu os odeio com todas as minhas forças; eles são meus inimigos."
Salmo 139:21-22

Helder Nozima disse...

Ricardo,

Deveria comentar no texto anterior, mas como você escrevei 2 textos referentes ao mesmo episódio, falo aqui.

Em primeiro lugar, dê nome aos bois. Se você não quer fazer uma exortação geral, que não se aplica a todos, mas apenas a alguns...seria interessante dizer a que alguns você se refere. A não ser que o interesse não seja o de confrontar o pecado...mas aí, sinceramente, nem quero especular quais seriam as verdadeiras razões. Até porque nenhuma delas me parece digna.

Em segundo lugar, acho que um pouco mais de coerência não faz mal a ninguém. Sobre o mesmo episódio, você disse que "Reafirmo que a hostilidade gratuita, desnecessária, enfraquece os fundamentos do escrito, ainda que não possa ser considerado ofensivo." Ora, então o texto não é ofensivo. Mas, ao mesmo tempo, você diz coisas como "Os cristãos, agora transmudados em contendores, perdem-se em seus longos arrazoados, enraivecidos, irados." Ora, até para que eu entenda melhor a sua crítica, eu pergunto: como pode um texto não ser ofensivo e ser, ao mesmo tempo, truculento? Ora, a truculência pressupõe a ofensividade. A não ser que você esteja usando os termos em um sentido diferente do usual.

Você também fala o seguinte dos calvinistas envolvidos na batalha: "Não se admite transigir, porque transigir é perder. Contemporizar ou relevar é, para os "gladiadores", símbolo maior de covardia. É mister demandar e demandar; litigar e litigar; bater e bater". Mas, antes disse que "Acompanho o raciocínio do articulista, dou-lhe inteira razão quanto ao conteúdo e fundamentos do escrito, mas discordo do tom."

Ora, se você concorda com o conteúdo e os fundamentos, deveria ter prestado atenção que o articulista explica e fundamenta o porque dele ter batido tão duro no seu oponente. Que a falha é tão ou mais grave do que a dos fariseus da época de Jesus, que foram duramente criticados por Ele e pelos apóstolos. Se você quer ser coerente em sua crítica, você tem que discordar do argumento do autor, da base usada por ele para bater tão forte.

(Continua...)

Helder Nozima disse...

Sobre transigir, com a verdade não se transige mesmo. Acho que tanto eu como o Tiago, os dois envolvidos, concordam com isso. Se eu ceder na defesa da verdade, estou comprometendo-a. Não é uma defesa pessoal, é a defesa de um ponto de vista. E, bem, se eu devo ceder ou transigir, acho que mais prático que escrever esses dois textos seria me mostrar onde estou errado.

Por fim, acho que você foi incoerente consigo mesmo. Acho, por exemplo, que o seu primeiro comentário ao Danilo, do Genizah, foi irônico e até ácido, por algo bem menor que as implicações teológicas envolvidas no meu debate com o Tiago. Quando o Danilo respondeu, você não se conteve, não transigiu e isso virou uma bola de neve registrada aqui mesmo no seu blog. Não morro de amores pelo Genizah não, mas com o perdão da sinceridade, acho que você precisa remover algumas coisas do seu olho antes de vir falar do meu.

Sem falar nas brigas que você teve no passado com a sua antiga igreja. Pra você, valeu a pena, eram heresias. Nem todos pensam assim...e criticaram você por causa disso.

Eu acho perigosíssimo o pensamento do Tiago e dos Internautas Cristãos. Nem o Felipe Sabino, do Monergismo, o cara que traduziu os textos usados pelo IC, chega nos extremos do Tiago. Ora, se eu acho perigoso, você pode me deixar em paz nas minhas críticas? Ou será que a lembrança de suas próprias lutas não é suficiente para ter de você esse respeito?

Você me acusa do mesmo "pecado" que você mesmo cometeu algumas vezes.

Na verdade, acho que a sua postura com o Genizah não foi de todo errada, você acertou mais do que errou. O pecado que eu o acuso de cometer aqui é apenas o da incoerência. O de ser incoerente com seus próprios comentários sobre o meu texto e o de ser incoerente com a sua própria história.

No mais, não tenho medo de receber críticas. Só espero que elas sejam feitas de uma forma melhor do que vi aqui. E entendo que quem quer bater, tem que aguentar apanhar também.

Graça e paz do Senhor,

Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

Ricardo Mamedes disse...

Caro Reverendo Helder,

É um prazer tê-lo por aqui, muito embora em uma oportunidade em que os ânimos parecem exaltados... Antes de mais nada, permita-me fazer algumas considerações sobre o seu comentário a fim de desfazer sofismas:

1) Se você for honesto consigo mesmo reconhecerá que o episódio envolvendo a mim e ao Danilo Fernandes do Genizah não guarda qualquer semelhança com a "querela" havida entre você e o Tiago. Os textos estão aqui e se comprovam. Naquela oportunidade eu fui atacado de forma rasa, mediante o uso de linguagem tacanha e contra-ataquei de maneira irônica e sarcástica, como merecia o interlocutor. Noutra oportunidade pretérita envolvendo o mesmo Danilo Fernandes e você, fiz a sua defesa com muito mais dureza, pois ali a dureza se fazia necessária;

2) Quanto às questões com a minha antiga igreja, levantei-me contra heresias claras e incontestes, que se chocavam frontalmente com o Evangelho de Cristo e com a declaração de fé da própria denominação (Batista). Nada do que foi dito naquela oportunidade me traz arrependimento, pois foi uma exortação necessária. A incoerência, salvo engano, parece ser sua, ao fazer emergir o fato pretérito para "acusar-me" de algo que antes também se alinhava comigo, como comprovam alguns comentários seus aqui neste blog àqueles mesmos textos. Hoje, aquela minha "antiga igreja" reconheceu o erro doutrinário em que mergulhou e está se reerguendo, graças a Deus. Constatei e posso assegurar que a minha exortação foi benéfica. Portanto, não reconheço legitimidade na sua crítica, mas se fosse o contrário, pode estar certo que reconheceria sem problemas.

Como o seu comentário foi longo, faz-se necessário que eu pontue a minha "defesa" no que se refere ao mérito do escrito:

1)quanto a dar "nome aos bois", eu não o fiz na tentativa de preservá-los, pois considero a todos como amigos, além de irmãos, mas posso estar equivocado especialmente no que se refere à recíproca. Você, no entanto, se desincumbiu de dar os nomes. Ah sim, o meu único interesse era mesmo chamá-los à razão, sem qualquer "interesse oculto" , ou razão espúria, haja vista que tal não é do meu feitio (eu imaginava que você soubesse). Se errei em não citar você e o Tiago como protagonistas, peço-lhe desculpas;

2)sobre coerência , eu também posso explicar: o texto pode ser correto em seu conteúdo, como o seu, mas pode errar no tom, e há completa coerência nisso. Você pode dizer verdades de várias maneiras: rudemente ou mansamente. Você preferiu ser rude e sem misericórdia com o seu irmão. Foi exatamente nesse sentido que eu me referi e pensei ter sido bem claro. E usando aquele tom, é absolutamente possível ao leitor inquirir se há "algo mais" por trás das palavras, gerando sérias dúvidas quanto à ética do crítico. Que fique registrado que não estou afirmando nada, mas tão somente mostrando o perigo contido nesse tipo de ação, principalmente entre cristãos;

3)reafirmo ainda que há completa coerência na minha crítica ao "tom" e não ao conteúdo. Logo, a maneira como foi feita a crítica e explicitada a "verdade" incorreu em excesso. Algo como "usar uma força desproporcional contra o ofensor", para me apropriar de uma definição jurídica;
...

Ricardo Mamedes disse...

...

4) obviamente eu não lhes chamei para "transigir com a verdade", não torça as minhas palavras. Mas é possível transigir, no sentido de voltar atrás quando se constata que a dureza foi excessiva. Reconsiderar a forma de dizer, sem comprometer nem o que foi dito e muito menos a Verdade;

5)ora, repito que estou sendo coerente, pois, ao contrário do que você afirma, indiquei precisamente onde foi o seu erro: na forma excessiva e desproporcional de defender o seu ponto de vista, nominando de fariseu o irmão que defende um outro ponto de vista! Eu também não concordo com a teonomia, tampouco com reconstrucionismo e nem por isso retratei aqueles que defendem essa ideia como fariseus. Sim, o termo é inaplicável ao fato, é provocador e desnecessariamente duro;

6)se eu posso deixá-lo em paz "nas suas críticas"? Posso, desde que você escreva algo com que eu concorde. De outra forma, assiste-me o direito de criticar os seus escritos publicados em um blog. Se você não concordar com as minhas críticas, lhe restará duas possibilidades: não publicar a crítica ou refutá-la. Ninguém por aqui está blindado, por mais importante que se queira e se sinta. Por outro lado, os nossos pontos de vista nem sempre serão idênticos aos pontos de vista dos demais. Há uma bela diversidade de pensamento, graças a Deus, e é exatamente isso que nos faz crescer e avançar no conhecimento da verdade.

Por fim, escrevi em um dos dois textos que a crítica se aplica a mim mesmo, pois invariavelmente eu também erro no tom. Há momentos em que eu poderia recuar estrategicamente para, em outra oportunidade, voltar à crítica, mas não faço assim e acabo pagando um preço. Em suma, penso que mesmo criticando duramente os nossos irmãos, temos a possibilidade de fazê-lo com mansidão e generosidade, ao invés de estabelecer comparações ofensivas como a que você fez ao comparar o Tiago com os fariseus, porque ele defende a teonomia. Era necessário ter feito assim? Você acha que sim, eu penso que não. Eis a razão destes dois textos que tanto te irritaram.

Quanto às críticas, fique a vontade para fazê-las, pois sempre as aceitei e estou preparado para "apanhar".

Grande abraço!

Ricardo.

Helder Nozima disse...

Ricardo,

Só um esclarecimento sobre o meu comentário. Não acho que você tenha errado em relação à sua igreja. Quanto ao Genizah, acho sim que você poderia ter sido mais sábio no seu primeiro comentário...aquele que começou a gerar as respostas agressivas do Danilo. Trouxe os fatos pra mostra duas coisas.

1) Que você já bateu tão pesado quanto eu em "irmãos".

2) Que outras pessoas fizeram a você a mesma crítica que você fez a mim.

Trago esses fatos à memória para que você mesmo perceba que há uma outra forma de ver as questões.

Sobre o tom, eu justifico o tom usado em mais de um post. Já que a posição do Tiago é semelhante à farisaica, não acho um absurdo chamá-lo de fariseu. Na verdade o conteúdo dá explicações sobre o tom utilizado. Por isso continuo achando que você é incoerente...ou você deveria dizer que o texto é sim ofensivo e discordar da minha argumentação ligando o IC aos fariseus...ou você deveria maneirar em algumas coisas que você disse aqui e no texto anterior.

Graça e paz do Senhor,

Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

(embora ache que o primeiro comentário que você fez ao Da

Ricardo Mamedes disse...

Helder,

Apenas para ficar claro, não me ofendo com truculências e hostilidades, muitas delas inclusive eu me rio. Outros se sentem ofendidos, eu compreendo o que você quer dizer. Mas as minhas considerações e críticas foram feitas exclusivamente sob a minha ótica, não sob a visão dos outros, ou genérica.

Quanto ao episódio envolvendo o Danilo, também com ele aplico o mesmo princípio que apliquei a você (no mínimo): ele respondeu desproporcionalmente à (suposta) ofensa que sofreu - isto no primeiro comentário meu. A partir dali sim, ele partiu para a grosseria completa, própria do seu 'modus operandi'. E, como disse, nem ali eu me senti ofendido, mas apenas ri, ri muito, como comprova o sarcasmo e ironia que usei.

Por outro lado, eu jamais compararia você ao Danilo, por isso acho que os dois episódios não devem servir para a analogia feita.

Como eu disse, critiquei aos dois porque os estimo.

Na paz de Cristo que excede todo entendimento.

Ricardo.

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