sábado, 20 de fevereiro de 2010

Espirituais, ungidos e ungidões





Algo me incomoda muito nas igrejas evangélicas. E me incomoda em particular na minha igreja, a qual congrego. É certamente difícil falar sobre o assunto, pois alguns membros dessa minha igreja leem este blog. O que fazer? Paciência...

Gosto de primar pela verdade sem subterfúgios, sem meias palavras. É bom explicitar que o que direi não revela qualquer crítica aos pentecostais de qualquer denominação, mesmo porque essa diferenciação entre pentecostais e tradicionais se não é inexistente está bem tênue. Por exemplo, sou batista tradicional, porém, a igreja em que congrego é muito mais pentecostal do que muitas pentecostais hoje tidas como históricas, a exemplo da Assembléia de Deus. Isso é bom? Não sei. Só penso que não é muito ético querer desmontar as bases de uma denominação centenária, implodindo-a, a fim de impor uma nova liturgia. Mais fácil seria mudar de denominação e tanto mais ético, uma vez que gozamos de plena liberdade de escolha nesse sentido.

Todavia, ainda não entrei no assunto que aqui me traz. 'Voilá'! Afiem as espadas tantos quantos queiram debater (brincadeira)! Incomodam-me certas atitudes, alguns costumes inseridos na igreja a pretexto da busca de uma espiritualidade "diferenciada", uma espiritualidade "real", sinônimo do "verdadeiro" sobrenatural de Deus. Essa tal espiritualidade é evidenciada e materializada por poucos dentro da igreja, mas facilmente verificável pela altissonante maneira com que dão "glórias a Deus" e "aleluias". Não que eu tenha qualquer tipo de preconceito contra essas manifestações. É que o incômodo se manifesta quando observo que são sempre "os mesmos". Nesse momento tais atitudes podem levar-me a pecar, uma vez que no meu íntimo não consigo apreender qualquer autenticidade nas tais manifestações...

Incomoda porque é algo como uma "ave maria" rezada ou recitada por católicos: não transmite verdade. Incomoda mais ainda quando observo que, além de ser sempre os mesmos, as mesmas figurinhas carimbadas, são também os que vendem uma grande espiritualidade para os irmãos. Os mesmos que vão aos "montes" para "interceder", materializando uma verdadeira proximidade física com o Criador, a exemplo daqueles que inauguraram a "babel". O meu medo é que Deus imploda as suas "torres"...

Esses irmãos "ungidos" - eles querem ser vistos assim - desfilam pela igreja como se fossem seres semi-celestiais. Quando se assenhoreiam do microfone e postam-se no púlpito, como que sofrem uma transfiguração: assumem um novo brilho, uma nova tonalidade de voz, até certos "sotaques" diferenciados. Em suma, ficam mesmo irreconhecíveis.

Incomoda, ah como isso incomoda...

Normalmente os tais ungidos são também aqueles mesmos que abraçam todas as novidades "doutrinárias", especialmente se com "tonalidades" neopentecostais. Buscam novos "sinais e prodígios", mas pouco sabem da Palavra inerrante. Necessitam da emoção, do arrepio, do êxtase, sob pena de não se reconhecerem como "movidos pelo espírito". Consideram-se muito mais espirituais do que aqueles que apenas reconhecem no Criador o Todo-Poderoso, o Senhor de suas vidas, o motivo das suas miseráveis existências, pois "estes tais" são apenas "crentes racionais", frios.

Tudo isso incomoda, confesso...

São esses mesmos que escancaram as portas das igrejas e denominações (mesmo históricas) para as "novidades": atos proféticos, evangelhos da autoajuda, autoestima, triunfalismo, prosperidade, etc. E eles nunca aprendem, ainda quando vivem o erro que se torna manifesto; ainda quando as suas condutas pretéritas se transformam em nada no futuro. Mesmo quando o "profeta" é desmascarado eles ainda querem o "mover", buscando esse "avivamento" insaciável, porque a Palavra já não mais lhes basta. A Espada da Verdade não causa arrepios, tremores, rugidos, sons ininteligíveis.

A busca é mesmo incessante, já é preciso ver, ao invés de sentir somente. Necessitam "materializar" a fé em "óleos" para ungir, como se Deus estivesse naquela substância; querem a luta dualista com satanás e seus demônios, lutando nessa guerra titânica, onde são plenamente "observados" pelos irmãos e reconhecidos como uma quase "casta" superior.

Incomoda, sim, incomoda...

Tenho falado com a minha esposa que chegará o dia, infelizmente, em que será difícil congregar em uma igreja realmente comprometida com a Verdade bíblica. Uma igreja que, para buscar os dons, não tenha que se conspurcar com a mentira ; uma igreja em que a pregação do Evangelho de Cristo seja a centralidade e não o marginal, seja a essência e não o complemento.

O que me consola e ainda me sustenta é saber que a Igreja de Cristo, a invisível, está além das paredes, está em cada coração tocado pela graça irresistível, em cada vida transformada, em cada atitude de veneração autêntica; sem mostras, sem palavreados patéticos, sem fleumas no púlpito, sem o culto da aparência para receber o brilho dos holofotes.

Essa Igreja invisível, Corpo de Cristo, não me incomoda, mas, ao contrário, me alimenta com alimento sólido e substancial.

A todos aqueles que fazem parte deste Corpo, desta Igreja, recebam o meu abraço, sintam-se irmanados e em verdadeira comunhão naquEle que nos salvou!


36 comentários:

Pr. Silas Figueira disse...

Graça e paz Ricardo.
Como você sabe eu sou pastor batista, mas de uma igreja renovada. Nós cremos nos dons espirituais para os dias de hoje. No entanto, o que lhe incomoda, muito me incomoda também, pois temos visto que em muitas igrejas, e minha não está fora, tem algumas pessoas que se sentem mais santas que as outras, ou como poderíamos falar mais próximas de Deus. Pessoas que tem todos os dias um "tete a tete" com Deus. Pessoas que recebem palavras diretas do trono de Deus para elas. No entanto, essas pessoas não demonstram isso com atitudes, com, palavras, com vida... São pessoas muitas vezes áridas, sem emoção em relação às mazelas do próximo, se vêem mais santas por isso não se misturam... Esse tipo de gente me irrita profundamente, me dá nojo, sinto ância de vômito só em vê-las falando.
Estou lhe contando isso par você ver que não é só por aí que acontece essas coisas. E outro detalhe, como gostam daquilo que não está na Bíblia. Como gostam de arrepio. Como gostam de um culto sensorial... Desses eu também fujo. Esses também me incomodam.
Fique na Paz!
Pr. Silas

Ricardo Mamedes disse...

Pastor silas, meu irmão,

O senhor sintetizou a ideia do texto: é exatamente isso que eu quis dizer! É um desabafo pastor, pois eu também sinto o mesmo nojo que o senhor. Detesto pessoas que querem mostrar uma espiritualidade superior, pois normalmente não é verdade.

Eu não tenho mesmo problema com culto animado, com a liturgia renovada, por assim dizer. Esse não é o problema. O problema são os que se mostram ungidos demais, que correm atrás de sinais e que têm aquele "tete a tete" com o Criador. Conheço desses e não me sinto bem com eles, pois muitas palavras me vêm à boca, as quais não posso expressar para tentar manter a "paz" e a "harmonia".

Gostei muito do seu comentário, pois é pra mim um alento!

Graça e paz!

Em Cristo,

Ricardo

Anônimo disse...

Ao ler seu "desabafo" abençoado, fiquei a meditar sobre o que está errado com a igreja do "Senhor", e cheguei a seguinte conclusão: 1) A culpa é do povo que não busca o conhecimento das escrituras, vivem sob "fortes" emoções, haja vista entenderem avivamento, como gritos, desmaios, pulos, etc... e não com o arrependimento, mudança de obras, como ocorreu com o grande avivamento do povo de Ninive. 2) A culpa é dos líderes, que conduzem o rebanho do Senhor a acreditar que as manifestações exteriores são superiores as manifestações interiores, se o que eu declaro não condiz com o que eu vivo no meu intimo, por certo, não passa de pura emoção carnal, seja a dita conversão; o batismo no Espírito Santo; o batismo nas águas. As igrejas convencionaram valorizar os dons exteriores e desvalorizar o Fruto do Espírito Santo, haja vista o espaço que se abre para quem aparentemente é batizado no Espírito Santo, e o pouco espaço que se concede para quem vive no Fruto do Espírito Santo. Levam o povo a desacreditar que o sacrificio de Jesus foi em vão, pois quando eu preciso de pedrinhas de sal, água consagrada, rosa ungida, etc... estou desacreditando no legado de Jesus Cristo. Conduzem o povo a acreditar que não basta confessar Jesus Cristo, para se livre das maldições, mas que somente através de campanha de "quebra de maldição, o povo estará livre. Infelizmente o misticismo tem tomado conta das Igrejas. Mas, nos consolamos em saber que tudo isso, somente nos leva a concluir: JESUS CRISTO ESTA VOLTANDO, A PALAVRA ESTAÁ SE CUMPRINDO. Fique na paz

Unknown disse...

Sidney,

É exatamente isso,você está certíssimo! Mas antes de qualquer coisa, é um prazer recebê-lo aqui, seja bem-vindo. Vejo que você, como eu, é também mais um revoltado com esse farisaísmo disfarçado de espiritualidade que grassa pelas igrejas.

Enquanto isso, a verdadeira espiritualidade míngua cada vez mais, posto que fica muito difícil encontrar nas igrejas "quem O adore em espírito e em verdade". Resta-nos seguir em frente acreditando que Ele é Quem fará a ceifa, separando os bodes das ovelhas...

Grande abraço!

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Por favor, entendam Sarah, como Ricardo, pois a Sarah é a minha filha.

Ricardo

Pr. Silas Figueira disse...

Que luxo Ricardo, tem até secretária para responder aos comentários, eu queria ter uma secretária também (rs).
Fique na Paz!
Pr. Silas (sem secretária)

Esli Soares disse...

Até tú o Roicardo...

Primeiro o Zwinglio/Vera, depois Clóvis/Jonny agora Ricardo/Sarah...

Eu heim... eu vou parar de visistar esses blog, vai que isso é contagioso...

Jorge Fernandes Isah disse...

Ricardo,

não faço parte de uma igreja assim, o corpo local ao qual participo é pequeno, mas há o privilégio da pregação expositiva, da proclamação do Evangelho de Cristo, da não corrupção e pragmatismo litúrgico, nem de práticas alheias à Palavra... porém, é uma igreja pequena, o que para a maioria seria significado de uma igreja fria, sem o "fogo" de Deus.

Acontece que para mim, em especial, o que queima o meu coração não são gritos, nem palavras de ordem, nem efusão, sentimentalismos ou emoção artificializada, teatralização, ou retórica, o que queima o meu coração é o Evangelho. A palavra me transtorna (no sentido de afligir minha carnalidade), ela me dá esperança, aquece o meu coração como se eu estivesse a ouvir o próprio Deus falando comigo (eu sei que é Ele falando, digo no mesmo sentido em que Moíses ouviu literalmente o falar divino), e, sinceramente, não sinto falta de nenhuma pirotécnia, de nenhum adereço ou acessório humano.

Ela é capaz de me fazer corar de vergonha diante dos meus pecados, de chorar diante da minha miseria, mas é também capaz de me alegrar e edificar diante de tão maravilhosa salvação, diante do amor de Deus, diante da Sua graça e da obra que Ele está a realizar em minha vida.

Ao mesmo tempo em que ela me desmonta por completo, ela me remonta à imagem do Senhor Jesus Cristo.

Por isso, dou graças a Deus pela minha igreja, pela vida do meu pastor, pela vida dos irmãos que, ainda que tenhamos dúvidas e sejamos bombardeados pela propaganda trinfalista da igreja atual, mantém-nos convictos e serenos de que Deus é tudo, e, como Pedro disse: melhor é agradar a Ele do que aos homens.

Por isso, e especialmente por isso, não concordo com a idéia nefasta e diabólica de que o crente não precisa congregar. Sei que esta não é a mensagem do seu texto, mas apenas para alertar algum apressadinho que possa vir a aparecer, de que o congregar, o unir-se ao corpo local não é uma opção, mas uma exigência do Senhor. É através da igreja que o poder de Deus se manifesta para salvar, curar, discipular e edificar o Seu povo.

Como o irmão mora no Mato Grosso não posso convidá-lo para a nossa igreja aqui em BH, mas certamente este seu post trará frutos para a sua igreja, ao menos como um alerta a não ser desprezado. Pois se for, estarão em flagrante rebeldia a Deus. Muitos torcerão o nariz (temos de entender que a igreja institucional é formada por bodes e lobos também), mas certamente Deus estará falando para o Seu rebanho, e ele ouve a voz do seu Pastor.

Estarei orando para que Ele faça o melhor em sua vida e entre os irmãos da sua igreja, pois creio que Deus está operando em vosso meio, purificando-os e aperfeiçoando-os no Seu amor, pela Palavra. E o Senhor os guiará a fazer o melhor, e esta exortação é apenas o início.

Fica na paz, meu irmão!

Cristo o abençoe!

Ricardo Mamedes disse...

Pr. Silas,

Viu como é que é? O blog vai crescendo, ficando importante e aí precisa de secretária (rsrs).

Esli,

Estou esperando o seu comentário de verdade sobre o texto... não vai comentar? Tem algo contra? É a favor do neopentecostalismo, liberalismo, pós-modernismo, ou outros "ismos"? Estou esperando...

Ricardo

Esli Soares disse...

Ricardo...

Imaginei que você iria me perguntar isso...
Estava na minha irmã e dei um fugidinha e não pude deixar de fazer a piada.

Acabei de chegar e escreverei algo mais intelectual, prometo, mas por agora...

O único “ismo” que aceito é o cristianismo.

Sem mais... por agora

Graça e Paz.

Esli Soares disse...

Ricardo...

Eu nasci e fui criado em uma Igreja mais ou menos histórica, vi os movimentos neo-pentecostais crescerem e se tornarem o que são hoje. vi o "bum" do catolicismo carismático e o pós-pentecostalismo atual.

Não me impressiona isso acontecer aqui, na década de 60 foi assim na Inglaterra, os EUA deixou o verdadeiro evangelho e foi se "modernizando"... assim acontece hoje aqui porque importamos tudo dos 'States' com certo atraso.

Até o movimento liberal que já minguou para a gringaiada, só agora tem se mostrado forte em terras tupiniquins.

Esse processo de esfriamento é natural, e acontecerá com tudo que for apenas aquecido pela emoção. Por isso os marketeiros eclesiásticos quebram a cabeça tentando novas idéias a todo o momento.

Foi assim que o cristianismo primitivo virou catolicismo, novidades e novidades foram introduzidas para satisfazer a vontade do povo que tinha muitos costumes diferentes.

Como filho dessa geração, nascido nesse caldeirão de misticismo travestido de piedade, eu me encontrei (fui encontrado) com um velho livro e sua velha história... eles me abriram os olhos e por causa dessas palavras eu tenho vivido um evangelho simples. Não ignoro a história eclesiástica acho que ele é, no mínimo, um importante alerta para não cairmos nos mesmos erros. Mas a fé verdadeira só pode ser vivida apoiada na Palavra, precisamos rejeitar o erro e denunciar a corrupção dos princípios.

Para ser prático, o que eu faço ou fiz: fui estudar, para ter o que falar; assim que aprendi alguma coisa comecei a falar; tentaram calar a minha voz, e então eu gritei mais alto; me tornei pastor, e prego a Palavra nada mais que a Palavra, sem historinha, um texto bíblico exposto, tem gente que não gosta acha que eu deveria ser mais leve, fugir de temas complicados, ser um pouco mais tolerante, me chamam de radical, e dizem “você é muito doutrinário, o povo tá doente e você só quer falar de doutrina”, aí pedem para falar de temas atuais, novidades, comentar sobre algum assunto especifico... eu digo, não! O púlpito é para a Bíblia, nada mais, um bom sermão cura muitas almas. Sou um homem de um livro só, aquele velho livro com sua velha história.

O poder é da Palavra.

Será que ainda tem igreja para homens como eu?

Tá bom ou quer mais?

Alessandro Cristian disse...

Mandou bem, prezado Ricardo. Definitivamente, falamos a mesma língua. Deus continue abençoando sua vida.

Ricardo Mamedes disse...

Caro irmão Jorge,

É meu amigo, mais uma coisa em que somos bastante parecidos: eu também aprecio a Palavra. Não gosto dos "desvios", prefiro a estrada segura.

Costumo dizer que a Palavra me emociona, como me emociona! Emociona também falar com Deus em oculto, no meu quarto, sem gritos, quieto, conectado com o Altíssimo. Não preciso de nada mais do que isso e desconfio muito daqueles que querem "mais". O meu contato com "ungidos" tem sido empobrecedor. Os grandes "espirituais" também não me impressionam nadinha.

Olha meu irmão, o seu comentário foi perfeito, quase como se fosse dirigido à minha igreja. Espero em Deus que muitos dos meus irmãos leiam esse seu comentário, e reflitam sobre as suas atitudes atuais. E se voltem para a Palavra inerrante, sem acréscimos, sem os "adereços" a que você fez referência. E que o façam despidos de ressentimento e mágoas, mas voltados para a verdade.

Muito obrigado Jorge por mais essa contribuição!

Grande abraço!

Em Cristo,

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Esli,

Agora sim, meu camarada! Era exatamente isso que eu queria: as suas impressões sobre o que discorri. Você, na qualidade de pastor, juntamente com o Pastor Silas, são vozes muito importantes aqui e agora.

Esperando que alguns dos meus irmãos leiam essa postagem e os comentários de todos, pedirei a Deus que Ele os faça refletir... E voltem àquele livro. E dexem essas patacoadas neopentecostais, essas tolices patéticas, das quais estou cansado. Can-sa-do! Amarguei alguns meses com tudo isso e a minha paciência, confesso, chegou ao limite.

Realmente essas idiotices chegaram para nós com atraso, trazidas por esse nefasto G-12, pelos Rodovalhos e tantos outros assemelhados. Cansei!

Combati neste blog insistentemente essas coisas e me calei na igreja, para não causar divisões e estardalhaços. Escrevi aqui e orei. Confesso que fui muitas vezes invadido pela ira, mas repeli esse sentimento. Agora vou falar! Não me calarei mais. Exijo a minha igreja de outrora. Quero o meu pastor de antes, ainda não contaminado por tais máculas.

Excelente o seu comentário, meu caro Pastor Esli! A contribuição foi grande! Sim, pessoas como nós estão mesmo remando contra a maré. Mas muitos outros também remam... Lembre-se que Deus reservou 7.000 que não se dobraram à Baal... (rsrs).

Abração!

Em Cristo,

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Alessandro!

Há quanto tempo não tenho a honra de receber a sua preciosa visita! Seja bem-vindo neste retorno. Ainda bem que temos o mesmo posicionamento nessa questão. Assim sendo, a sua é mais uma importante voz para fazer coro com as nossas.

Grande abraço meu irmão!

Em Cristo,

Ricardo.

Ricardo Mamedes disse...

Caros amigos,

Quero aproveitar para fazer uma consideração a todos sobre um assunto intimamente ligado ao texto em referência. É que ainda ontem ouvi (na igreja) sobre "julgar irmãos". O que me incomoda (também) é o fato de se usar passagens bíblicas isoladamente ou descontextualizadamente, comum entre os neopentecostais (infelizmente com reflexos na minha igreja). Ora, sob essa "bandeira" já não nos é lícito reclamar sobre nada, ou sobre qualquer coisa, sob pena de estarmos "julgando o irmão".

Sabem, essa é uma bandeira muito usada por esses líderes atuais neo-evangélicos-gospel para dominar e doutrinar o rebanho segundo a "sua visão". Se ninguém pode mais nada, a liderança pode tudo; calam-se as bocas; quem levanta a voz contra qualquer coisa é taxado de "problemático". Na mesma linha é o velho costume de "não tocar no ungido" , para garantir ao "ungido" fazer o que bem quiser, mesmo em franco ataque à sã doutrina (como no caso da IURD, Renascer, Quadrangular, Mundial, etc). Comigo isso não funciona, pois eu, seguindo a Bíblia, analisarei as atitudes à sombra da Palavra. Sou bereano. Estou errado?

O irmão não pode ser exortado, caso se coloque em erro que envolva de qualquer forma a igreja, a doutrina ou ainda a liturgia? Eu não julgo pensamentos, mas não posso me voltar contra atitudes? Não posso me sentir incomodado com algo que afete o culto racional? Não tenho direito de (não é o meu caso, só aproveitando o exemplo dado alhures)pedir que seja diminuído o volume de um som colocado a 200 decibéis na igreja? Não posso nada? Tudo tem que ser decidido pela liderança composta de dois, três, ou no máximo cinco? A igreja como corpo maior não participa de mais nada? A "comunhão" tem como pré-requisito o silêncio dos membros, a aceitação passiva das imposições, ou de costumes estranhos e incômodos?

Se for assim, penso que esta igreja retratada é de fato neopentecostal, como a do Edir, Rodovalho, R. R. Soares, Valdemiro Santiago... E eu não gosto nada dessa igreja. Gostaria de saber a opinião dos importantes comentadores (rs).

Grande abraço,

Em Cristo,

Ricardo

Helveciop disse...

É queridos...li a angústia de cada um e as opiniões de todos os irmãos. Olá Jorge..você por aqui? A pergunta é: por que vamos a igreja aos domingos ou em alguns dias de reuniões? obrigados. Por que Deus manda? por prazer...é gratificante ver os irmãos, ouvir a música? Por ter amigos com quem conviver? Por causa do ensino advindo do ministério,ensino que não pode ser aprendido por si só na velha e boa Bíblia? As reuniões não se realizam de forma que lhe trazem paz? Não tem você participação e opinião na sua congregação? Saia e vá para outra que se harmonize mais com o seu perfil. Mas não busque igreja uma mais perfeita, ou uma teologia irrepreensível, pois não há. Ou então fique e olhe só para o Senhor e influencie mais do que é influenciado. Ame os mesmos irmãos, se souber mais, ensine-os, se tiver mais fé,transmita-lhes essa fé, encoraja-os a amarem e nunca deixarem de seguir a Cristo. Pregue o evengelho e faça a igreja crescer em número em qualidade espiritual, mas não a sua qualidade espiritual, aquela que lhe agrada, pois estará caindo no mesmo erro deles.

Um abraço a todos.

Ricardo Mamedes disse...

Olá Helvécio,

Seja bem-vindo! Quanto ao seu comentário, eu vou à igreja por todos os motivos alinhavados no seu comentário e alguns outros. E se algumas vezes eu me entristeço com essa igreja é exatamente por amá-la. O fato de combater heresias que chegam a essa igreja não me afasta dela, ao contrário. A minha contribuição é também essa: lutar contra os erros, as "inovações" que chegam sutilmente, no dizer de Paulo.

O que eu não farei será me eximir de lutar meu amigo. Não sairei de cada igreja a cada percalço e tampouco quero uma que seja perfeita, que esteja adequada ao meu gosto. Não foi isso que eu disse no meu texto!

Certamente também não concordarei com tudo que venha para ser "admitido" no grupo. Ficarei e serei uma voz dissonante, caso seja necessário. Mas uma voz que ecoe os ensinamentos de Cristo.

Vivemos uma época má, caro Helvécio. Uma época de crentes fracos, muitos deles se dobrando a Baal, Mamon e outros deuses. Muitos ainda, para serem aceitos se calarão, prenderão o grito. Por isso, mesmo não tendo entendido bem o seu posicionamento, continuarei com as minhas convicções e praticando os ensinamentos da "boa e velha Bíblia". Aliás, a minha indignação é exatamente por amor à Palavra. E continuarei na minha igreja, sempre combatendo essas heresias que estão invadindo todos os locais de culto.

Grande abraço,

Em Cristo.

Ricardo.

Valder Damasceno disse...

Caro Ricardo,


graça, paz e alegria da parte de Cristo. Sou o Valder, servi na sua igreja durante o breve período em que morei no Mato Grosso, entre 2003 e 2005... Tive o privilégio e a alegria de trabalhar com o ministério de música enquanto estive com vocês e posso dizer verdadeiramente que ainda carrego a PIB de Araputanga no meu coração, farão parte da minha história...

Conheci o evangelho de Cristo através da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, foi a casa onde O aceitei como o meu único e suficiente salvador e onde aprendi muito sobre o serviço do reino, sobre o amor, o poder, a ira, a verdade, a misericórdia de Deus. Mas, não sei por qual motivo, sempre senti que todas essas cosias estavam acima de qualquer conceito humano, não sei se pelas experiências indizíveis possibilitadas pela música, que não se resumem à meras emoções; não sei se pela minha intitulada “teoria da observação”, tal como Davi e Salomão o faziam; não sei se por ser tão clara as Escrituras... “Tal ciência é para mim maravilhosíssima, tão alta, que não posso alcançar. Sl 139”.

Uma das coisas que sempre admirei nas igrejas históricas foi a valorosa aplicação ao estudo das escrituras; posso dizer que todos os cristão no mundo, inclusive os católicos, usufruem de tais benefícios até hoje. Num contexto histórico é coerente dizer que o mundo foi iluminado através disso. É triste ver como muitas igrejas atualmente subvertem a um neo-medievalismo religioso, valorizando mais os ritos, simbolismos e dogmas, do que o verdadeiro conhecimento de Deus revelado através da sua Palavra.

Creio nas manifestações do Espírito Santo, creio que as maravilhas e os milagres que lemos na bíblia podem ser realizados ainda hoje. Creio que podemos sentir algo sobrenatural dos céus, coisas que segundo a ciência humana não podem ser explicadas, coisas que só a fé nos possibilita... Mas também creio numa vida cristã sóbria, creio num caminhar elucidativo embasado na Palavra de Deus. Ele nos alertou sobre os falsos profetas, mas muito mais que isso devemos estar atentos à malevolência natural do homem, que certamente é incapaz de representar o caráter de Deus em sua totalidade. Por isso nosso foco deve ser o de relacionamento; assim, seremos mais parecidos com Ele... Caminhar com Ele nos faz melhores. O amor dEle nos traz conceitos diferentes de forma natural... Sobre o amor, sobre a unidade, sobre a graça, sobre servir...

Ricardo, concordo com o fato de você está incomodado com o que há de errado. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”... É assim não é!? Então, que Ele possa nos ajudar na caminhada sendo sempre guiados pelo Seu amor. Que nossas palavras não sejam apenas de crítica pífia levadas apenas por nossos “egoconceitos”, permita-me o neologismo; mas que no momento certo possamos reconhecer que até a graça é multiforme e que Ele é soberano. Continuemos na luta...

No amor daquEle que nos faz um,


Valder Damasceno

P.S.: Muito contente pelo seu espaço aqui, o seu blog; serei um visitante assíduo.

Ricardo Mamedes disse...

Valder, caro irmão!

Que surpresa maravilhosa encontrá-lo por aqui, ainda mais visitando o meu blog e expressando-se com palavras tão apropriadas!

Como vai a sua igreja? Está congregando aonde? Continua na música? A Cristiane está bem?

Que beleza observar que você também cultiva um blog - e pelo que vejo, tão propositivo quanto as suas palavras aqui expressas. Olha, vai ser um grande prazer manter esse contato virtual, pode ter certeza que eu também serei um assíduo frequentador do seu blog.

Infelizmente, quando você esteve aqui não cultivamos uma maior proximidade, talvez porque eu estivesse um pouco distante da igreja. Todavia, o tempo é agora meu irmão. A tecnologia nos reaproximou e poderemos trocar ideias e refletir juntos, em prol do crescimento espiritual mútuo.

Grande abraço a você e à Cristiane.

Fiquem na paz de Cristo!

Ricardo

laudiceia disse...

Olá Ricardo querido!!!

Quanto tempo heim!

Quando eu estava frequentando , me senti como se eu fosse uma criminosa. Pois alguns, me olhavam como se eu fosse.

Os animados irmãos "santos" e eu????? uma "penetra".
Assim me senti na amada igreja.


Deus abençoe voce sempre.

Ricardo Mamedes disse...

Laudicéia, minha irmã!

Que negócio é esse de ficar tanto tempo sem aqui vir? Ora, espero que agora volte sempre!

Olha, as coisas estão se ajeitando, graças a Deus. Estou vendo o antigo pastor voltando ao que era antes desse movimento satânico invadir a igreja. Sim, eu disse SATÂNICO. E é o que é. Por isso, combato tudo que sobrou, inclusive os maus costumes e farisaísmo. Não consigo entender "espiritualidade" como sinônimo de 'GRITARIA'. Eu oro em secreto, no meu quarto, e ainda assim sinto a presença de Deus invadir todo o meu ser. O que não consigo aceitar são esses irmãos que valorizam tanto a emoção, o êxtase, o arrepio...

Olha, tudo que falei nesse post, dia desses o Pastor falou lá no púlpito, defendendo o culto racional e criticando os "espirituais" que se "transformam" ao chegar ao púlpito... É triste... Repito, não consigo crer nisso. O sujeito chega na igreja e se transforma; vai orar, se transforma; durante o culto, está transtornado; no louvor (cânticos) a sua voz se sobressai acima dos instrumentos, inclusive da bateria!!! Os seus glórias a Deus e aleluias fazem o templo tremer!

Mas devagar as coisas vão entrando nos eixos.

Olha, vou te passar a novidade: coloquei o meu nome para professor da EBD de adultos! Conto com você de volta!

Grande abraço minha irmã!

Em Cristo,

Ricardo

Regina Farias disse...

Ricardo

Graça e Paz!

Olha euzinha aqui já que vc não vai à montanha rss

Aliás, você abandonou um blog que tanto aprecia suas colocações sniffff

Mas falando sério...

Essa sua (nossa) inquietação vista com olhos "de fora" estando do lado de dentro é que a grande sacada!

É esse incômodo que faz TODA a diferença. E que bom que pessoas do lado de dentro leem suas palavras de reflexão!

Gosto desse "incômodo" e acho que é por isso
que nos identificamos em algumas postagens de outras épocas :)

Abs...

R.

Ricardo Mamedes disse...

Olá minha amiga Regina!

Que bom que ainda temos em comum esse "incômodo" - e penso que nesse ponto somos muito parecidos mesmo!

Pra ser sincero, notei que você parou de comentar no meu blog por não apreciar algumas coisas atinentes à "teologia", ou à discussão teológica... Se for isso, não se preocupe, comente aqueles posts que não discutirem o assunto (calvinismo). Eu gosto de refletir sobre teologia, não penso que me desvie do principal, que é Cristo, ao contrário, aproxima mais, no meu caso. Porém, respeito a opção de todos, sei que somos intrinsecamente diferentes (se não fosse, não teríamos personalidade).

Porém, uma coisa é certa, saiba que aprecio muito seus escritos e os seus comentários - e tenho visitado o seu blog constantemente, mesmo sem não comentar.

Grande abraço,

Em Cristo.

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

corrigindo: "mesmo sem comentar"

Regina Farias disse...

Ricardo

De fato, eu me calo diante de certos temas e, na verdade, a questão nem está nas linhas teológicas em si, mas na exacerbação, na ênfase exagerada colocada por algumas pessoas e que me soa meio como fixação, neurose, sei lá...
É isso que acho "nervoso", entende?
Daí me isolar e por vezes não me conter e tecer alguns comentários ácidos rss.

Claro que não é seu caso, mesmo havendo definição clara nesse sentido em alguns textos seus.
Que inclusive eu leio, admiro e fico simplesmente calada. :)

Aliás, admiro em você o fato do exercício da intelectualidade não o fazer boçal nem tampouco perder a perspectiva.

É isso!

Abs...

R.

RAQUEL/EZEQUIEL disse...

QUERIDO IRMÃO, COMPREENDO VC PORQUE TENHO SOFRIDO EM MINHA IGREJA COM ISTO, MAIS AMO MINHA IGREJA, MEU PASTOR E OS IRMÃOS MESMO OS "MAIS SANTOS" (RSSRS), AS VEZES TENHO VONTADE DE SAIR CORRENDO DO CULTO E NÃO VOLTAR MAIS, ENTÃO RECEBO A ORIENTAÇÃO DO ESPIRITO SANTO PARA CONTINUAR, SER COLUNA, PORQUE A IGREJA PRECISA DE PESSOAS EQUILIBRADAS, PARA QUE O EVANGELHO GENUINO CONTINUE SENDO DIVULGADO, GOSTEI DA SUA MATERIA, QUE DEUS TE ABENÇÕE SEMPRE, ABRAÇOS, RAQUEL

Ricardo Mamedes disse...

Caros irmãos Raquel/Ezequiel,

Como vocês vivem o mesmo problema então compreendem o que estou passando. Sim, devemos resistir o quanto for possível, pois somente dentro é que poderemos mudar as mentalidades. Mas não é mesmo fácil meus irmãos. Ao mesmo tempo que amamos esses irmãos (ungidos), temos vontade de dar-lhes uns safanões (rsrs).

Grande abraço e obrigado pela visita!

Em Cristo,

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Este texto foi publicado no blog pulpito cristão no link http://www.pulpitocristao.com/2010/02/tudo-isso-me-incomoda-e-como.html Aproveito para transportar para este blog os comentários de lá, todos denunciando as mesmas mazelas:


Ivan César da S Barboza disse...

Eu também comungo desta revolta.
Esse tipo de prática tem adulterado a adoração genuína mediante a GRAÇA, independente de méritos próprios.
Eles tem feito como os Gálatas, eles tem abandonado a simplicidade do evangelho, para viver escravizados pela norma, deixando a essência. tornando-se observadores de leis de auto justificação e auto santificação. Eles com essa atitude rejeitam a obra e Cristo que é plena, abrangente, completa, suficiente, única,absoluta e conclusiva.
Sendo que a única santificação que nos é exigida, é a santificação como resultado da obra vicária, demonstrando o resultado prático e efetivo do sacrifício de Jesus Cristo.
Que Deus nos ajude a combater esta "casta" que infestam nossas igrejas.

"Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Estais, pois, firmes e não torneis a colocar-vos debaixo do julgo da escravidão" Gl5.1
graça e paz.

24 de fevereiro de 2010 08:

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Anônimo disse...
Amado irmão Leonardo, obrigado!Tenho me questionado muito por não entrar na "onda" que tem assolado a igreja nesta decada, movimentos estranhos, superticiosos e sem respaldo biblico,cada um quer ser "O ESPIRIRUAL" testemunho, obras ora isso é detale, porque parece que tem um publico o esperando como se tive-se um cartaz dizemdo quero ser enganado, resultado, igrejas inchadas e doentes, sem amor, graça e misericórdia que não se preoculpa com o proximo muito menos no seu encontro com Cristo, e é com isso que deveriamos nos preocuparmos. O brigado por me mostrar que não sou o unico que tem visto essa banalização do espiritual dentro da igreja.
Diacono: Itamar de souza

24 de fevereiro de 2010 08:33

Razão da Esperança disse...

Tudo isso me incomodava também.
O fato dos dons estarem acima de tudo, tudo mesmo, basta ter um don para se tornar alguém de uma classe especial.
Quando alguma barbaridade vem a tona, muitos se perguntam, mas não era um "homem de Deus" "vaso"?
Enfim os dons em algumas igrejas tira a humanidade do crente.
Lamentável.
Hoje procuro um eixo, um equilibrio e encontrei um lugar onde a Palavra é centro e a referência.

24 de fevereiro de 2010 08:37

Alex disse...

E claro que infelizmente existem Muitos exageros, mas não podemos nos esquecer de que a palavra de Deus nos garante um poder sobrenatural, poder para pisar em serpentes e escorpiões, poder para em Seu nome expulsar demonios curar enfermos, que nos ultimos dias os jovens profetizariam, os velhos teriam sonhos, é calro que muito tem usado isso para se auto-promover, sobre isso sou terminamtemente contra.
Achar que pelo fato de orar no monte ou frequentar vigílias emais "santo" que os demais irmãos está totalmente fora da palavra de Deus.
Não quero usar jargões tipo pentencostal ou neoqualquer coisa, ate porque hoje ta tudo tão parecido que o verdairo pentecoste enta na vida de cada um.
Conconrdo também com a marginalização da palavra de Deus que por vezes não é o principal, mas ainda acredito que Deus usa seus servos na terra para "profetizar" para a igreja, para curar, para guerrear contra o inimigo.
Fiquemos debaixo da potente mão de Deus, firmes na palavra, crescendo na graça e no conhecimento do Senhor, sem isso ficaremos sempre escandalizados.
Que o Senhor tenha misericordia das nossas vidas.

24 de fevereiro de 2010 08:38

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Wellington Barbosa Gomes disse...

Olá, Ricardo, a paz do Senhor Jesus seja com você e sua família. Realmente também tenho me preocupado com o rumo que tem tomado os cultos pentecostais. Sou da assembleia de Deus, e não compreendo algumas das manifestações que teimam em chamar de: avivamento. A palavra que bom, poucos pregam e poucos a escutam. É lamentável, mas graças a Deus pela igreja organismo, esta sim, continua a mesma. Que Deus em Cristo lhe abençoe!

24 de fevereiro de 2010 09:01

Henrique disse...

Esse fato não ocorre isoladamente em sua igreja. Muitas igrejas que visitei antes de optar por outra mais centrada na pregação da palavra, no ensino bíblico, enfim, no culto racional são dessa forma. Na minha opinião, essas pessoas querem demonstrar uma intimidade com Jesus maior que a dos outros irmãos mais "caladinhos", quando na verdade, Jesus é intimo nosso da mesma maneira. Mas o povo gosta dessas manifestações, pastores correndo no altar prá lá e prá cá, irmãs desmaiando cheias do "poder" e outras coisas. Minha própria esposa, acostumada com igrejas pentecostais, diz que minha igreja é fria. procuro com sabedoria explicar a ela, mas é difícil. Já presenciei o derramar verdadeiro do Espírito Santo em muitos cultos. Em mim se manifesta como quebrantamento, como Glória verdadeira e autêntica. Em outros em línguas, em outros em interpretação como Paulo já disse. Já vi também casos de irmãos mais exaltados, movidos pela emoção profetizarem em línguas, e o pastor repreendê-lo, por não ser do Espírito. Não sou de subir ao monte, sou um crente normal. Adorador, leitor da Bíblia, oro pela conversão da minha família, e creio que Deus em seu tempo está fazendo a obra.
A Paz do Senhor.

24 de fevereiro de 2010 09:18

Borrego Lanudo disse...
Concordo plenamente com o autor do texto acima. Confesso que, inclusive, por várias vezes, em pensamento, intentei deixar a igreja onde congrego, contudo, não consigo vilumbrar uma igreja melhor ou que não tenha falhas, onde os dirigente e até mesmo os membros sejam perfeitos. Lembro-me de ter conversado com o pastor de minha igreja sobre aquilo que considero como heresias e que discordava de certas manifestações esquisitas na igreja e certas práticas não condizentes com a sã doutrina, quando obtive como resposta o seguinte: Existem várias igrejas com doutrinas, usos e costumes diferenciados, a pessoa deve ver aquela que mais se adpta. Concluindo, eu tive nesta resposta um convite para deixar a igreja, caso não me agradasse com sua forma de culto.
Sinto que muitos, assim como eu, são obrigados a suportar todos esses desmandos e ficar calados, sob pena de incompatibilizar-se com os dirigentes e ser vistos com maus olhos pela maioria dos irmãos. À medida em que evoluímos no conhecimento da Verdade, ficamos cada vez mais críticos e vamos nos libertando das práticas "evolutivas" introduzidas na igreja e creio que nos tornamos antipáticos perante os dirigentes e até mesmo com a grande maioria que não usufruem do grau evolutivo quanto o nosso.

24 de fevereiro de 2010 09:52

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Lucas Fortes Ávila disse...

Bom dia Ricardo!

Pela primeira vez eu não me senti uma "ilha", pois sempre me quetiono: "Será que tais comportamentos realmente são manifestações do Espírito Santo de Deus?". Porque se fossem eu não poderia me considerar um cristão genuíno, pois raramente me derramo em lágrimas e nunca fico berrando ou dançando pela igreja, mesmo sentindo a presença de Deus em minhas ações, palavras, relacionamento, ou seja, em todo tempo. Desejo profundamente estar fazendo a vontade do Todo-Poderoso e que pessoas como você que consideram a Igreja, não placas, mas a Igreja invisivel, a Noiva, a tão esperada pelo Noivo, a verdadeira, continuem a gritar em defesa do verdadeiro evangelho.

Graças dou por sua vida, e que Deus seja conosco, para que possamos realizar boas obras para a honra e glória do nosso Salvador.

24 de fevereiro de 2010 09:56

Guilherme disse...

Concordo com você!
Como já comentei um tempo atrás, quando eu estive em JOCUM, conheci muitos 'abençoados' que gritavam, jejuavam, oravam em linguadas (isso mesmo, rsrsrs...), tudo em público, diante da visão dos outros.

Quando iam fazer devocional,sozinhos, diante da palavra, só eles e Deus, não acontecia nada!
Engraçado né?! Que 'deus' fraquinho...

Abração amigo!

24 de fevereiro de 2010 11:10

Anônimo disse...

(clap clap clap clap)Eu não sou de bater palmas a toa, mas seu texto está impecável. É isto tudo e muito mais. Até bater palmas agora é visto por alguns como um ato exclusivo de adoração(...logo estarão banindo as palmas do PARABÉNS PRA VOCE kkkk).
Gostei muito do seu texto, e apenas para registrar minha experiencia - pois só dela mesmo que posso falar...eu estive por 8 anos na Assembleia de Deus e vi as transformações da igreja. Eu vi muita coisa...tanto suportei que achei que o mais digno era realmente sair antes que minha fé morresse. Hoje não estou em uma igreja perfeita, como a outra não era...mas pela ética e para não murmurar e gozando de plena liberdade em Cristo congrego em outra igreja. Tenho carinho pelos amigos assembleianos que ficaram por lá (poucos mas uma benção), assim como tenho amigos católicos pois foi onde eu estava quando Jesus me encontrou. Cada um tem uma trajetória, respeito a de todos...o chato é ouvir os comentarios dos "ungidos" da antiga igreja dizendo que estou "desviada" pois só a IGREJA deles vai para o céu...prefiro nem comentar isto.Bom,o que me motiva a continuar é pensar que a perfeição é mesmo no céu e que aqui todos somos falhos, e que a Igreja de Cristo tem estas paredes invisíveis...e que hoje sinto-me feliz com Cristo e carregando minha CRUZ com muita alegria principalmente por saber que HOJE meu fardo é mesmo leve e a porta é mesmo estreita e que finalmente não há ninguém pendurando pedras em minha cruz e nem diminuindo mais ainda o caminho que já é estreito... Só carrego o que Jesus me designou pra suportar...e é o bastante. E pra usar uma gotinha ácida, "a lá pulpito cristão: Farisaismo...to fora!"

24 de fevereiro de 2010 11:41

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Anônimo disse...
Oh Jesus, por isso que amo ler isso aqui... nunca me sinto sozinha... que bom... muito bom o texto... concordo plenamente, me incomoda muito tbm essas coisas ai...um abraço CarolBarroso

24 de fevereiro de 2010 12:57

JOSÉ DANIEL disse...

Caro Ricardo

Texto excelente. Sou da Assembléia de Deus, mas nunca fui chegado ao "reteté/repleplé" como costumam chamar as manifestações dos dons.

Já fui chamado por um pastor batista (pentecostal é verdade) amigo meu, de o "assembleiano mais batista" eu ele conheceu. Claro que essa colocação não foi pejorativa, nem de um lado e nem de outro.

Desde muito já assumi a postura de Lutero quando disse

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir"

Não sou contra o "reteté" mas não vejo nele um culto "racional" como Paulo nos fala.

É isso... e como se diz por aqui:

"No mais, tuda na mais santa paz"

Soli Deo Glória

24 de fevereiro de 2010 13:11

Fátima disse...

Acabei de receber uma "cipoada" dessas em minha caixa postal. Acusaram-me até de me alegrar com o fechamento de igrejas. Pois bem, aos megaespirituais, respondo: fico muito feliz quando os deturpadores do Evangelho são desmascarados dentro do seio da Igreja, e muito triste quando esse fato vira anedota nas ruas. Não preciso interpretar uma personagem: sou uma protestante convicta do nome que carrego, esforço-me para conhecer a Palavra de Deus e para ensiná-la com zelo. Tenho 27 anos de uma jornada produtiva e testemunhos de bênçãos que não preciso contar na TV, mas que conto a cada um que se aproxima de mim. E, pela infinita graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, sou agraciada com uma carreira acadêmica. Não preciso sair enviando mensagens críticas ou amaldiçoadoras aos meus irmãos. Uso os blogs cristãos para me edificar e não para ampliar o campo de atuação das ferraduras! E aqueles que estão dando à criatura a glória devida ao Criador, só gostaria de lembrar que "os idólatras vão para o inferno". E, se quiserem distribuir "cipoadas e maldições", estejam à vontade: sei em quem tenho crido. É uma pena que a igreja esteja atacando a Igreja, facilitando o início do reino do anticristo, ao invés de ser bereana e consultar na Bíblia o motivo das críticas.
Fiquem na Paz do Senhor.

24 de fevereiro de 2010 13:47

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Anônimo disse...

“UM QUASE PREGADOR
Eu até que poderia ter me expandido no cenário evangélico, acredito que embora não dominando muito bem a oratória, não sendo um hermeneuta, não tendo muita afinidade com a exegese, mas mesmo assim, poderia eu, se dependesse só de Deus, ter me projetado para o mundo dos pregadores, mas não fui; Por razão qualquer não fui, mas não foi uma razão qualquer no sentido literal da palavra, mas uma razão qualquer, que é bem especifica, e não tão qualquer.
Sou daqueles pregadores, ou melhor dizendo, eis pregador, que já nasceu morto, ou aquilo que a ciência médica chama da de “NATIMORTO”, mas como toda morte tem uma “Causa Mortis” a minha foi falta de ouvinte, ou melhor dizendo, minha mensagem, não tinha público, é mais ou menos igual a aquele produto que não tem mercado, não tem consumo; não se consumia a mensagem que eu pregava, ela não era tão saborosa quanto às dos meus concorrentes, o produto que eu oferecia, às vezes era amargo, salgado, cortava, feria, e custava um preço caro, mas os dos meus concorrentes, era um contraste; Mais barato, mais fácil, muita doçura, muita cura, muitos bens, ao passo que a minha propunha uma vida de renúncia, de cruz, as deles ofereciam liberdade total, tudo posso, reenvidicações aceitas; Não pude concorrer fui obrigado a falir.
Cheguei à conclusão mais lógica, quando me questionava a este respeito, meu produto era muito fraco, diante de um tão desejado; Eu anunciava: Que era preciso nascer de novo, que era preciso se arrepender, que quem estava em Cristo era nova criatura, que era preciso buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, que tomássemos nossa cruz e seguisse a Jesus. Agora veja a oferta deles: Muita benção, Nada de Vida de Oração, só determinar, reenvidicar, você pode, pise na cabeça do diabo. Enquanto eu me apresentava como irmão Léo, ou no muito Presbítero Léo, eles se autodenominam: Apóstolos, Bispos, Missionários Etc. Eu pregava arrependimento, eles pregavam prosperidades, a arma que tinha em minhas mãos era a bíblia sagrada, eles tinham um paletó cheio de unção, que ao ponto de jogá-lo igreja afora, e todos caírem no poder. Enquanto eu pregava num tom abaixo de 40 decibéis eles a toda força do pulmão alcançavas uns 100 decibéis (figurativo). Eu com muito esforço alcançava um “SOL MAIOR” a entoar um hino da Harpa (foi na cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi meus pecados castigados em Jesus) eles cheio de força Alcançavam um “LÁ MAIOR SUSTINIDO”, nota quase que na maioria das vezes muito aguda, e diziam “Restitui, eu quero de volta o que é meu. Minha Língua era uma língua entendível, com erros de gramática, mas eles falam noutras línguas. Enquanto eu dizia, E conhecereis a verdade e ela voz libertará, ele dizia “Eis que te Digo meu Servo, ou assim te diz o Senhor. O máximo que eu poderia pedir a Deus era, Senhor abençoe os teus filhos, eles com toda força diziam, senhor vem BRADAR aqui. Algumas vezes eu até queria fazer igual a eles, mas não dava, eles eram muitos superiores a min. Lembro-me que Paulo falou que falasse 2 ou 3 em línguas, mas ao contrário eles incentivam todos a falarem, daí começa o: chaprapra, cantaribaia, decantasnévias, e etc. O que posso oferecer é um Cristo salvador, mais eles tem bem mais, tem um tal de manto de mistério. Nas minhas reuniões o máximo que pude aglomerar, pois era um culto oficial de minha igreja, foi umas 150 pessoas, isso porque não sabiam que era eu que iria pregar, mas eles reúnem mil, dez mil, quatrocentos mil. Meu ministério de pregação foi bem curto, por isso eu intitulo de ‘UM QUASE PREGADOR”.
Preb.Léo José

Ricardo Mamedes disse...

continuação...

Anônimo disse...

Caro Ricardo,
É verdade que existem muitas coisas que ao invés de ajudar, acabam atrapalhando o culto racional à Deus. Onde congrego, não são somente estas coisas(reprepré, etc...)que nos tem trazido problemas.
Para completar, o presidente do ministério apela para apoio político, usando o púlpito para promover um candidato a ponto de colocar dos dois lados do púlpito(PASMEM!!!)as fotos enormes do tal "pastor político" que vai solucionar os problemas de São Paulo, e até hino foi feito pro dito cujo, passando na TV e no rádio!
Penso nos meus irmãos e irmãs da Assembléia de Deus do Brás(Madureira), pois eles não merecem isso, nós já tivemos experiência com políticos quando a tal Maeli Verguiniano(filha do antigo presidente da AD BRÁS) teve o seu mandato cassado por envolvimento com propinas, trazendo um grande incômodo a todos, e quem ganhou com tudo isso foi uma tal emissora de televisão que eu nem preciso citar o nome. Isso também me incomoda... Mas parece que o raio irá cair no mesmo lugar pela segunda vez...

24 de fevereiro de 2010 15:34

edi disse...

Meus queridos, me preocupo muito quando leio artigos como este que muitas das vezes no afã de defendermos nossas ideias teológicas nos esquecemos que Deus não é como nós queremos, ou quadradinho ou redondinho segundo a nossa mente. Não quero de forma alguma afrontar vossas ideias, mas estou escrevendo como um crente que outrora também tinha a mesma concepção destes crentes que criam como vçs dizem neste "retete". Sei que o que vou falar aqui posso até ser taxado de varias formas, assim como já taxei meus irmãos pentecostais com os quais irei morar nos céus. Dentro da Igreja Batista tradicional onde congreguei por muitos anos, desde quando nasci até aos 24 anos. Estudando a Bíblia como costume de um bom Batista. Comecei a perguntar para Deus com relação aqueles irmãos (hoje os chamo assim) mas esta consideração por eles não existia em meu coração, pois cria assim como lí no artigo, achava que o que eu conhecia era o certo que eu era detentor da grande verdade afinal sou Batista, conheço Deus e a Bíblia como ninguém neste mundo, e eles eram apenas crianças envolvidas como marionetes pelo barulho de aleluias e glórias a Deus. Naquele instânte Deus me prova que eu era apenas um presunçoso querendo ser sabio mas que não conhecia nem o que era ser humilde e ter um coração ensinável. disse Jó:"Eu te conhecia apenas de ouvir falar, mas agora meus olhos te vêem". E assim Deus me fez conhece-lo de outra maneira, e não precisou de homem nenhum me convencer disso. Aprendi a ser sábio como ensinou Gamalieu "Se for de Deus permanece, se não for acaba". A Assembleia de Deus no Brasil ja vai completar o seu centenário. Sei que existe exageiros, onde não existem? até na igreja Batista tem. Temos que crescer na graça e no conhecimento. Entendi que os céus não foram feitos somente para os Batistas mas para todo aquele que nele crer. Quando começamos a olhar a vida de outros, o que fazem e como vivem sua vida com Deus, caimos em um grande erro nos colocamos no lugar do criador. Quem somos nós para dizer que o que fazemos é mais certo que estes? estamos preocupados se este é serio ou aquele tá certo. fique com a palavra de Deus que diz quem sois vós que julgais servos alheios. Tenho por certo que logo nos encontraremos na glória e veremos que enquanto estamos nos preocupando em debater se esta certo ou errado. Entenda, não estou compactuando com atos que vão contrarios a palavra de Deus. Mas estamos em debito com o reino dos céus. Pr. Silas e outros homens de Deus prestarão contas com Deus, e nós por não termos ganhado almas para o reino de Deus. Espero não ter ferido ninguém também foi um desabafo pois somos taxados e nunca visitados, falam de nós mas não nos conhecem, criticam nossa forma de agir nos observam e perdem o tempo dentro da igreja de adorar a Deus.

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