sábado, 21 de maio de 2011

Convicções e certeza, mas com serenidade


Muito se tem falado ultimamente sobre a questão da homofobia, textos têm se multiplicado, inclusive na blogosfera cristã, ou de viés evangélico. Tudo isto, em resposta às instituições, que de uma maneira manifestamente unilateral têm se posicionado a favor do politicamente correto enfiando goela a baixo os seus "valores", refletidos, em tese, pela vontade da sociedade como um todo. Conversa fiada. Os estratos da sociedade não foram indagados e tampouco ouvidos. Não há questionamentos públicos, ou uma pauta social proveniente do Parlamento possibilitando a audiência de toda a população brasileira em prol da aprovação de leis que tratem de um nicho, como o PL 122, criminalizando a homofobia.

O problema não é criminalizar esta ou aquela ação humana ilícita, cujo ato é mais do que legítimo, mas fazê-lo direcionadamente para defender uma parcela da sociedade que deve ser tratada pelo Estado com o mesmo beneplácito, ou com a mesma dureza que as demais: "dura lex, sed lex!" ("a lei [é] dura, porém [é] a lei"). Duas questões importantes emergem: primeiro, bi-legislar, por assim dizer, ao prever punições em lei ordinária sobre fato jurídico já previsto tanto em normas constituicionais (ver art. 5º CF), como em leis infraconstitucionais (ver Código Penal); e, a segunda, dar um viés de pessoalidade na elaboração da lei, que, por princípio constitucional, deve ser impessoal.

A sociedade não pode e não deve ficar a mercê de grupos, ou refém deles. Os lobby's não devem ser mais fortes do que a vontade manifesta de um povo. A sanha petista esquerdopata voltada para os (des) valores inviesados do politicamente correto não deve ser imposta a todos e tampouco aceita. Se é para lutar, a luta é legítima, ainda que travada por cristãos em prol da defesa de valores que nos são caros.

O PL-122, juridicamente falando, é um acinte contra a própria Constituição Federal, tanto pelos motivos já alinhavados, como por tantos outros, impossíveis de serem colacionados neste pequeno espaço. Contudo, repito o que tenho dito por aí: eu não me espanto com nada que venha de uma sociedade formada por homens caídos, ímpios de rematada dureza de coração, muitos deles não regenerados. Penso que a luta dos cristãos verdadeiros será cada vez mais difícil nesta terra, pois somos peregrinos e forasteiros, a lutar não contra moinhos de vento, mas contra a roda dos escarnecedores, que cresce, cresce e cresce... Sim, eu sou pessimista.

Portanto, nada disso me espanta e nem me amedronta. Não prego a passividade, o abanar de ombros, a indiferença própria dos pusilânimes, mas uma luta serena. Ainda que formos derrotados e que os valores cristãos sejam jogados por terra, lembremos que Cristo venceu o mundo e eis que somos vencedores nele e com ele.

A Holanda, com a sua rica história reformada, com expoentes como Kuyper, transformou-se em uma sociedade permissiva, sendo um dos primeiros países a aprovar, através de seu Parlamento, o casamento entre homossexuais, a liberação das drogas, etc. Os cristãos da Holanda foram suprimidos, desapareceram, perderam a salvação? Não. É preciso que estejamos preparados para aparentemente perder, sem abandonar a batalha, mas sem desesperar. O importante é não desistir de pregar a Verdade proveniente do Evangelho. E este Evangelho diz que o homossexualismo é pecado:

Romanos 1: 24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. (Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada - Com Números De Strong)

E ainda que o Estado diga que o homossexualismo é uma opção sexual a ser respeitada, sob pena de responsabilidade criminal, cabe a nós pregar o Evangelho sem medo, sem temor, respeitando o homossexual como criatura de Deus, amando-o, mas sem calar a verdade. O Espírito é que os convencerá de seu pecado, chamando-os à regeneração e ao novo nascimento, razão pela qual não há que se ter temor. Sem esquecer que Deus está no controle de todas as coisas, e todas elas caminharão rumo ao cumprimento do seu propósito, sem que sejamos eximidos da nossa responsabilidade.

A recente sessão realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reconhecendo a união estável entre homossexuais, é sim, um precedente para a aprovação, em última instância, da união civil entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que a união estável, desde a Constituição de 1988, se iguala ao casamento civil (art. 226, CF). Nesse caso, eu tenho afirmado por aí em outros blogs, que, embora sendo diametralmente contra o reconhecimento de tal união estável, somente aceitável entre casais, assim entendidos juridicamente como homem e mulher, reconheço que os direitos advindos de uma sociedade, seja ela de que orientação for, devem ser garantidos. A ordem social deve ser imposta em qualquer situação, e a garantia de direitos patrimonias oriundos do labor mútuo deve ser assegurada à luz do direito, mesmo que tal labor tenha sido efetuado por dois homens ou duas mulheres. Nada a ver, porém, com a aceitação de uma união estável entre homossexuais, que, para mim, é completamente anômala.

Por outro lado, e finalizando, é necessário que nós cristãos saibamos dialogar com os nossos contrários, sem estigmatizar as suas ações, mas tentando convencê-los da verdade. É preciso aprender a persuadir sem ser radical, xiita; sem ser histriônico, embora sendo convincente...

...Sal e luz, no verdadeiro sentido bíblico.

2 comentários:

Ministério Adoração disse...

Sou a favor da família, sou a favor da liberdade de expressão, e, acima de tudo tenho como regra de fé a Bíblia sagrada. Ela afirma que a prática do homossexualismo é pecado: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”. 1 Coríntios 6:10

Querem através do PL 122 dar poderes aos sodomitas para perseguirem Cristãos e prenderem pastores simplesmente por denunciar seus pecados. Querem com a aprovação desta aberração inconstitucional criminalizar todos aqueles que não aceitam a ditadura gayzista.

Esli Soares disse...

Bom texto meu irmão, assino em baixo.

Esli Braga Seixas Soares

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